Rendimento médio real no 1º trimestre de 2022 foi 1,5% maior do que no trimestre anterior, mas 8,7% menor que o do mesmo trimestre de 2021
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e divulgados nesta sexta-feira (29/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o rendimento real habitual foi de R$ 2.548 no primeiro trimestre de 2022, uma alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior (R$ 2.510). Porém, houve um recuo de 8,7% em relação a igual trimestre de 2021 (R$ 2.789).
Ou seja, dentro de um ano, o rendimento médio do brasileiro teve queda de quase 9%.
Há uma trajetória de queda na renda do trabalhador desde 2021, com o trimestre de outubro a dezembro do ano passado registrando o menor valor (R$ 2.510). O pico mais recente foi registrado entre maio e julho de 2020, com rendimento médio em R$ 2.931.
Já a massa de rendimento, estimada em R$ 237,7 bilhões, não teve variações estatisticamente significativas em ambas as comparações.
A Pnad Contínua mostrou que a taxa de desocupação do trimestre de janeiro a março de 2022 ficou em 11,1%, o que indica estabilidade ante o trimestre anterior (11,1%). Na comparação com igual trimestre de 2021 (14,9%), houve redução.
São 11,9 milhões de pessoas desocupadas no país. Eram 12 milhões no trimestre anterior e 15,3 milhões no mesmo período do ano passado.
Do lado da população ocupada, o IBGE estima 95,3 milhões de brasileiros. A taxa de ocupação retraiu 0,5% (menos 472 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e subiu 9,4% (mais 8,2 milhões de pessoas) ante igual período de 2021.
Há ainda 38,2 milhões de trabalhadores informais, o que representa uma taxa de informalidade de 40,1% da população ocupada. No trimestre de outubro a dezembro de 2021, a taxa havia sido de 40,7% e, no mesmo trimestre de 2021, 39,1%.
Fonte: Flávia Said | Metrópoles