Desestatização da Companhia Paranaense de Gás está incluída na mesma lei de privatização da Copel, já aprovada pela Assembleia Legislativa
A mesma lei que prevê a privatização da Copel também abre espaço para transformar a Compagas (Companhia Paranaense de Gás) em uma empresa privada. Durante a cerimônia de diplomação para o segundo mandato como governador, nesta segunda-feira (19), em Curitiba, Ratinho Junior (PSD) afirmou que o objetivo é renovar a concessão da companhia ainda este ano e fazer a privatização até julho de 2023.
De acordo com o governador, o plano é executar um grande projeto de distribuição de gás pelo Estado, com foco em levar a industrialização para o interior. No entanto, segundo ele, o projeto é inviável sem a agilidade das tramitações do setor privado. “O que nós vamos fazer é um grande projeto de distribuição de gás pelo Paraná. Hoje, o mundo inteiro está no setor privado. O poder público não acompanha essa ampliação do gasoduto do nosso Estado, para que a industrialização possa estar no interior. A industrialização depende de um gás industrial. Nós temos que fazer esse avanço”, afirmou.
Atualmente, a Copel detém 51% das ações da Compagas, os outros 49% da estrutura societária estão divididos igualmente entre a Commit Gás S.A e a Mitsui Gás e Energia do Brasil Ltda. A empresa ainda tem uma área de abrangência restrita: são apenas 53 mil clientes atendidos em 16 municípios paranaenses na Região Metropolitana de Curitiba, Campos Gerais e litoral. Ao todo, a companhia, que tem 160 colaboradores e distribui 2,1 milhões de metros cúbicos de gás por dia por um total de 860 km de rede construída.
Em coletiva de imprensa, Ratinho Junior também comentou sobre a privatização da Copel. O projeto foi aprovado no final de novembro na Assembleia Legislativa sob protestos de representantes sindicais e trabalhadores da empresa. O governador tornou a dizer que o modelo estatal representa atraso e impõe entraves à competitividade. “Só há três estados no país que ainda têm esse modelo estatal, que atrasa, que não tem velocidade para acompanhar o setor privado. Então a privatização é um avanço”, defende.
O chefe do Executivo frisou que o Estado continuará a ser o sócio majoritário da Copel. “Não estamos abrindo mão de o Estado ter, de certa forma, o comando. O Estado continua sendo dono da Copel e temos a garantia de empregabilidade para os funcionários. O Estado tem poder de veto, os gestores terão que cumprir aquilo que está no contrato. O que vai mudar é que a Copel terá velocidade. Ela vai ter a capacidade inclusive de disputar com Eletrobras como a maior empresa do Brasil. Esse é o nosso objetivo.”
Fonte: Redação Folha de Londrina