Conforme informado pelo Portal Verdade, na última quinta-feira (1º de agosto), professores de seis universidades estaduais do Paraná paralisaram as atividades. A principal reivindicação da categoria é o pagamento da reposição inflacionária. Sem recomposição salarial há oito anos, a dívida acumulada com os servidores chega a quase 40% (saiba mais aqui).
O protesto docente ocorreu na UEL (Universidade Estadual de Londrina), UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná) e Unespar (Universidade Estadual do Paraná). Na UEM (Universidade Estadual de Maringá) ocorreu mobilização, mas as aulas não chegaram a ser suspensas.
Em entrevista ao Aroeira, que foi ao ar no último sábado (3), Ronaldo Gaspar, professor do departamento de Ciências Sociais da UEL e diretor do Sindiprol/Aduel destacou a intransigência do governo Ratinho Júnior (PSD). O mandatário do Palácio do Iguaçu não tem dialogado com a categoria, apesar das inúmeras tentativas das forças sindicais para estabelecer uma mesa de negociação.
Lorena Portes, vice-presidenta do Sindiprol/Aduel, salientou a grande adesão do professorado à mobilização. Ela pontua também as atividades realizadas durante a paralisação, incluindo panfletagem, passeada pelo campus e HU (Hospital Universitário).
Ainda, Cesar Bessa, presidente do Sindiprol/Aduel, compartilha que a expectativa é reabrir o processo de negociação com o governo.
Acompanhe entrevista na íntegra:
Franciele Rodrigues
Jornalista e cientista social. Atualmente, é doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tem desenvolvido pesquisas sobre gênero, religião e pensamento decolonial. É uma das criadoras do "O que elas pensam?", um podcast sobre política na perspectiva de mulheres.