O SindSaúde PR recebe com frequência relatos de servidoras e servidores sobre más condições de trabalho nos diversos setores e serviços da Secretaria de Saúde do Paraná (SESA)
Realidade triste e que precisa ser denunciada. A categoria sofre diariamente com assédio moral nos locais de trabalho e os relatos mais frequentes são de práticas de gestão abusivas e violentas. Denúncias causam revolta, pois alguns gestores não são do quadro de carreira da SESA, desconhecem o Sistema Único de Saúde (SUS), não dominam tecnicamente suas funções de gerência e têm indicação ou alinhamento político, só lhes restando o assédio como meio de gestão.
O assédio moral é endêmico na SESA. Historicamente o SindSaúde sempre recebeu relatos e denúncias de todo o estado, porém observamos que nos últimos anos tal prática de gestão se intensificou. A Secretaria de Saúde do Trabalhador, pasta interna do Sindicato, trabalha permanentemente para implementar políticas de saúde do trabalhador e lutar contra precarizações e adoecimentos por conta de práticas abusivas.
Alguns exemplos de casos acompanhados pelo Sindicato acontecem na Regional de Saúde de Cornélio Procópio, Central de Transplantes, Hospital Oswaldo Cruz e Hospital do Trabalhador (Curitiba), Hospital de Francisco Beltrão, Regional de Saúde de Campo Mourão e Regional de Saúde de Apucarana.
Os abusos promovidos por gestores violentos causam consequências físicas e emocionais às vítimas. O Sindicato tem conhecimento que servidoras(es) estão adoecidos, com sintomas de depressão, ansiedade, insônia, alteração no apetite, irritabilidade e autoestima abalada. Problemas que impactam nas atividades e relações dentro e fora do trabalho.
Inúmeros problemas podem ser identificados após a violência no local de trabalho, como a solidão, a inércia para fazer atividades diárias, a desesperança e o sentimento de que nada pode ser feito para mudar a situação. Porém, as coisas não são “assim mesmo”, assédio moral é uma violação da dignidade humana e deve ser denunciado.
Em caso de assédio, entre em contato via SindSaúde: WhatsApp: 41 98898-4489
Infelizmente servidoras e servidores da saúde passam ou conhecem alguém que já passou por situações de assédio. Os relatos tratam de questões como: autonomia profissional retirada, isolamento no ambiente de trabalho, privação de informações relevantes à atividade laboral, exigência de tarefas desproporcionais ou descabidas, tratamento desrespeitoso, desqualificação do trabalho executado, punições descabidas, Processo Administrativo Disciplinar (PAD) arbitrário, tarefas injustas e diferentes de colegas da mesma função.
ATENÇÃO: tais situações, ocorrendo de forma repetida e prolongada, caracterizam assédio moral no trabalho. Quando são eventuais, caracterizam violência no trabalho.
A pasta Saúde do Trabalhador tem atuado a partir de acolhimentos individuais e reuniões com coletivos de trabalhadoras(es) de cada local, encaminhamentos cabíveis. Há sempre a produção de relatórios, que podem ser encaminhados à SESA, Ouvidoria, Controladoria Geral do Estado e Ministério Público do Trabalho.
Também são realizadas reuniões com a gestão local e com a própria SESA. Ou seja, o governo tem conhecimento dos absurdos, mas nada faz. Por isso, com a organização coletiva e pressão, muitas vitórias já foram alcançadas. Como a exoneração de chefias assediadoras, mudanças de comportamento de alguns gestores e pagamento de indenização imputada pela Justiça do Trabalho.
Se você, servidora e servidor da saúde, passa por qualquer tipo de adoecimento em decorrência do trabalho, agende um acolhimento (online ou presencial) no SindSaúde PR via WhatsApp: 41 98898-4489. É sigiloso.
Vamos juntos combater a violência e o assédio moral no trabalho.
Fonte: SindSaúde Paraná