Mulheres e negros do Partido Liberal (PL) alegam que estão sendo prejudicados pelo partido do presidente
O Partido Liberal (PL), do presidente Jair Bolsonaro, enfrenta uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) movida por seus próprios membros. Mulheres e negros que concorrem às eleições pela legenda alegam que não receberam o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. A ação foi movida por candidatos e candidatas paranaenses.
Candidatos negros e mulheres filiados ao PL, partido de Bolsonaro, entraram contra a própria legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles afirmam não ter recebido dinheiro para executar suas campanhas.
A ação é movida por Daniela Suto, Flávia do Umuarama News, Helmtraut Baringer e Sammy Gomes.
No documento os peticionantes afirmam que seguiram todas as regras para receber os repasses, mas até o último dia 13 de setembro, não haviam sido contemplados pelo Fundão.
Para esta eleições o Partido Liberal recebeu R$ 278.137.715,72 para distribuir entre os candidatos. Mesmo assim, nenhuma mulher do partido no Paraná recebeu verba.
Já entre os negros, dos cinco autodeclarados pretos ou pardos no Paraná, apenas um foi beneficiado, Itamar Paim Pruch, que recebeu R$ 450 mil.
Os candidatos pedem, em tutela provisória de urgência, o bloqueio de mais de R$ 2 milhões das contas do PL e multa. Até a tarde desta sexta-feira (16) ainda não havia decisão.
Para este pleito está em vigor a Emenda Constitucional 111, que determina que os partidos que tiverem mais votos em candidatos negros e negras e candidatas mulheres a deputado federal terão direito a cotas maiores dos fundos partidário e eleitoral.
Fonte: Redação Jornal Plural