Relações comerciais com real e yuan podem trazer vantagens com menores custos cambiais e abertura de mercado para as exportações brasileiras. As medidas foram anunciadas no Fórum de Negócios Brasil-China, realizado em Pequim
No Fórum de Negócios Brasil-China realizado na quarta-feira (29), em Pequim, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, falou sobre os avanços dos Bancos Centrais dos países para reduzir os custos de transações e isto envolveria a opção por não utilizar o dólar nas relações comerciais.
Assim os exportadores brasileiros que desejarem fazer as transações comerciais entre reais e yuan (a moeda chinesa) poderão ter mais esta opção, feita até então quase exclusivamente por dólar. A medida não será obrigatória e os exportadores poderão escolher a melhor forma entre yuan e dólar.
Vantagens
A transação direta pode trazer vantagens para os empresários dos dois países, como a redução de custos financeiros com menos perdas nas transações cambiais, além da maior previsibilidade para os empresários brasileiros quanto ao mercado chinês, sendo que o governo do país asiático não permite que as taxas cambiais do yuan variem tanto.
No entanto, especialistas alertam que esta é só mais uma opção, pois 90% das transações brasileiras são feitas em dólar e o sistema de troca direta entre real e yuan não será obrigatório.
Outra vantagem indicada por consultores ao Estadão é a de abertura de mercado na China para os exportadores, sem o controle chinês sobre importações em dólares e com a possibilidade de acesso a linhas de financiamento em acordos bilaterais.
Viagem de Lula
O seminário deveria contar com a presença de Lula que teve que adiar a visita à China por conta de uma pneumonia. Os governos dos países trabalham por uma nova data que pode ficar entre 11 e 14 de abril.
O acordo com o principal alvo das exportações brasileiras deve ser mais um entre outros anúncios que Lula e o presidente da China, Xi Jinping, devem realizar.
Fonte: Portal Vermelho