O Brasil terminou fevereiro com um saldo recorde de mais 432 mil pessoas trabalhando com Carteira assinada. Foram 2,57 milhões admissões e 2,14 milhões desligamentos. Na média, foram gerados 15.428 postos de trabalho por dia e 643 por hora.
Resultado é o melhor da série histórica (desde 2020) e tem números positivos nos cinco setores avaliados, como também nas cinco Regiões. Em 12 meses, foram 1,78 milhão de vagas criadas. Os números do Novo Caged foram divulgados sexta, 28, pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O titular da Pasta, Luiz Marinho, atribui o recorde à política de investimentos e reindustrialização adotada pelo governo federal. Ele diz: “Nós estimulamos um monte de investimentos, e esse é o resultado. Motivamos a indústria a se preparar para produzir os equipamentos de saúde, em vez de importar. Estamos com todo o debate sobre a transição climática. Queremos produzir o Combustível Sustentável de Aviação no Brasil para substituir o combustível poluidor das aeronaves”.
Ano
Com os resultados de janeiro e fevereiro, País acumula saldo superior a meio milhão de novas vagas formais no primeiro bimestre: 576 mil. No ano passado, mesmo período, foram 480 mil. Desde janeiro de 2023, quando tomou posse o novo governo, são 3,7 milhões de vagas formais acumuladas. O número de pessoas com vínculo formal trabalhando chegou a 47,78 milhões em fevereiro, ou seja, mais 0,91% em relação ao mês anterior.
Comparação
O resultado de 2025 é o mais expressivo da série histórica para o mês de fevereiro. Entre 2002 e 2019, o antigo Caged adotava outra metodologia, o que impede comparações diretas. Porém, nunca houve naquele período um fevereiro com tantas vagas formais. Marinho entende que a política de geração de empregos do governo é robusta e deve seguir dando frutos. “Eu espero que a economia continue aquecida, afinal de contas a gente ainda tem muita gente no subemprego, desempregada”, explica.
Grupos
Todos os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram números positivos em fevereiro. Setor de Serviços respondeu pela geração de 254,8 mil vagas. Indústria (69,8 mil), Comércio (46,5 mil), Construção (40,8 mil) e Agropecuária (19,8 mil) vieram na sequência.
Regiões
O Sudeste teve saldo de 228 mil vagas formais, seguido por Sul (100 mil), Centro-Oeste (45,6 mil), Nordeste (37 mil) e Norte (20,7 mil)
Estados
São Paulo gerou mais vagas formais em fevereiro: foram 137,5 mil novos postos com Carteira assinada, resultado de 802 mil admissões e 664 mil demissões. O Estado tem um estoque de 14,4 milhões de brasileiros com vínculo formal ativo. Minas Gerais, com 52,6 mil, e Paraná, com 39,1 mil, completam o trio dos estados com maior saldo no mês. Único Estado com número negativo foi Alagoas: menos 5,4 mil vagas.
Municípios
As cidades brasileiras com maior saldo de vagas formais em fevereiro foram São Paulo (37,3 mil vagas formais), Rio de Janeiro (18,9 mil), Belo Horizonte (10 mil), Curitiba (10 mil) e Salvador (7,2 mil).
Salário
Para o conjunto do território nacional, o salário médio de admissão em fevereiro foi de R$ 2.205,25.
Gênero
O saldo positivo de 432 mil vagas no mês é composto por 229 mil mulheres e 202 mil homens. A faixa etária com maior saldo positivo foi de 18 anos a 24 anos, com mais 170.593 postos. O ensino médio completo apresentou saldo positivo de 277.786 postos. No saldo por remuneração, a faixa entre 1 e 1,5 salário-mínimo acumulou 312.790 postos.
Fonte: Agência Sindical