O vereador Carlinhos da Ambulância, do PTB, acusado de assediar sexualmente uma funcionária terceirizada da Câmara Municipal de Cambé, continua trabalhando normalmente no prédio do Legislativo, onde o suposto assédio teria acontecido. As informações foram confirmadas à CBN nesta segunda-feira (11) pela assessoria de imprensa da Casa. Depois da denúncia, que veio à tona no último dia 22, o parlamentar faltou apenas em uma sessão por problemas de saúde, mas logo retomou os trabalhos. A denunciante do caso também continua prestando serviços ao Legislativo, mas em um outro prédio, conforme destacou o presidente da Casa, vereador Fernando dos Santos Lima, do DEM.
Em entrevista à CBN logo após a denúncia, a funcionária, que trabalha como faxineira, contou que está no cargo há um ano e três meses, e que as supostas investidas do vereador ocorrem desde a primeira semana de trabalho dela. A mulher, que preferiu não se identificar, contou que, no início, o assédio era verbal, mas que não demorou para ele começar a tocá-la de forma constrangedora e inadequada. O parlamentar teria apalpado as partes íntimas da mulher e, no último assédio, no momento em que ela estava abaixada limpando a cozinha, segurado a cabeça da funcionária para simular a prática de sexo oral. Foi a gota d’água que faltava para que ela denunciasse o caso.
O suposto caso de assédio sexual corre sob segredo judicial na Polícia Civil. Na Câmara, a denúncia foi analisada pelo departamento jurídico e, atualmente, está sendo investigada pela Comissão de Ética. De acordo com o presidente do Legislativo, os vereadores que integram a comissão têm 60 dias para apurar o caso. Ao final dos trabalhos, eles vão precisar decidir se arquivam a denúncia ou se o vereador deve continuar a ser investigado, por uma Comissão Processante, por quebra de decoro parlamentar. Caso a análise aponte para a segunda hipótese, ele corre o risco de ter o mandato cassado.
A defesa do vereador reitera que ele nega todas as acusações e que o caso está em segredo de justiça. O parlamentar também não foi intimado para prestar depoimento. Ele só deve se pronunciar sobre o caso após a conclusão do inquérito policial.
Segundo informações da Paiquerê FM, na segunda-feira (11), mulheres organizaram protesto na Câmara exigindo a cassação do mandato do vereador.
Fonte: CBN Londrina e Paiquerê FM News