O presidente do Conselho Municipal de Saúde de Londrina, Laurito Porto de Lira Filho, afirmou que o conselho recebeu denúncias de trabalhadores que atuam nos hospitais da Zona Norte e da Zona Sul por suposta falta de insumos e de medicamentos que estaria ocorrendo há 45 dias.
“Debatemos sobre o tema e os diretores das duas unidades admitiram que houve problemas burocráticos em relação ao preço dos insumos. Os diretores afirmaram que o problema foi corrigido, mas o que vem acontecendo é o atraso na entrega do material gerado pelos fornecedores dos materiais”, disse Lira.
“Os diretores falam que esse atraso não prejudica o atendimento, a higienização ou a higiene dessas unidades, mas que recorrem a outros prestadores de serviço de saúde de Londrina, como o HU de Londrina ou a Santa Casa de Londrina para ceder um pouco desse material para não ficar sem os produtos. Um socorre o outro”, destacou o presidente do conselho.
Segundo ele, desde que o Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema) deixou a gestão dos dois hospitais no fim do ano passado e a gestão foi assumida pela Funeas (Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná), houve a promessa de que os problemas seriam todos sanados, mas não foram.
“Embora eles tenham os mesmos recursos, agora o processo licitatório possui intermediário, o que criou outro entrave, já que está ocorrendo a terceirização do serviço, o que deixa os produtos mais caros porque essas empresas possuem a perspectiva de lucro e não é a solução. Estamos vendo os mesmos problemas acontecendo”, pontuou Lira.
Fonte: Vítor Ogawa – Grupo Folha