Servidores de todo o estado, estarão em Curitiba amanhã, 21, para exigir do governo do Estado que pague a reposição da inflação nos salários – data base – e para que a contribuição previdenciária de aposentados que recebam menos do que o piso do INSS seja extinta. A concentração acontece a partir das 9 horas da manhã, na Praça da Mulher e do Homem nus (19 de Dezembro) seguida de uma caminhada até a Praça Nossa Senhora de Salete, onde ficam o Palácio Iguaçu e a Assembleia Legislativa.
Em Londrina, a APP estará enviando dois ônibus com dezenas de professores para participar do protesto. Segundo o presidente da APP, Márcio André Ribeiro, no Paraná, é preciso ir para as ruas para mostrar a importância da educação. “ O que nós temos a receber não é um favor, é um direito garantido. Já estamos a seis anos sem reposição, enquanto isso, a inflação não pára de crescer, por isso temos professores passando por dificuldades financeiras, isso é muito sério e preocupante”, declarou Ribeiro. Além da APP, os docentes e servidores técnicos da UEL também estarão presentes no ato.
O governo do Paraná deve 36,56% ao funcionalismo público a título de reposição salarial. Desde 2016 servidoras(es) não recebem o reajuste integral da inflação. Mas, segundo números apresentados pelo próprio governo, sobram recursos no caixa do Estado.
Prestação de contas feita pelo secretário da Fazenda mostrou que o governo teve superávit de R$ 7,2 bilhões em 2021. Nos primeiros quatro meses de 2022 o superávit foi de R$ 5,1 bilhões. Ou seja, até abril último, havia R$ 12,3 bilhões de superávit. De janeiro a maio deste ano, houve crescimento da Receita (arrecadação de impostos) na ordem de 28%. Para pagar a data base nos próximos meses (julho a dezembro) o governo precisaria de R$ 2,1 bilhões.
Fonte: Elsa Caldeira com informações do FES