Em Curitiba, pela manhã, mobilização em frente à Santa Casa denuncia a precariedade do SAS
Educadores(as) da rede estadual foram às ruas do Paraná nesta quarta-feira (15) em defesa de um Sistema de Atendimento à Saúde (SAS) digno e de uma perícia médica humanizada.
Em Curitiba, profissionais da educação da capital e Região Metropolitana realizaram um ato em frente à Santa Casa, que em fevereiro de 2020 assumiu os atendimentos do SAS na macrorregião de Curitiba e Litoral.
O objetivo das manifestações é denunciar a precariedade do SAS. “A nossa demanda do dia a dia exige muito e não temos especialidades. As pessoas ficam meses nas filas aguardando uma consulta com um médico e, muitas vezes, as datas vão se alterando. A doença exige atendimento rápido”, frisou Tereza Lemos, secretária de Saúde e Previdência da APP.
A presidenta da APP, Walkiria Mazeto, destaca que as pessoas não adoecem porque querem e, muitas vezes, a doença decorre do trabalho exercido. “Não temos orientações nem de como tratar a nossa voz, que é o nosso instrumento de trabalho. Que entendimento é esse?”, exemplifica Walkiria.
#EducarComSaúde
Os problemas se intensificam quando o(a) educador(a) passa pela avaliação da perícia, que muitas vezes não reconhece o atestado do médico e acaba não concedendo a licença para tratamento de saúde.
Não vamos esquecer dos(as) educadores(as) PSS, que são mais de 20 mil no Paraná, chama atenção o secretário de Finanças da APP, Élio da Silva. “Precisamos que o governador trate os PSS com muito respeito e que tenham a cobertura do SAS em todo o Paraná. Queremos concursos, mas as contratações temporárias existem para suprir a demanda”, alerta.
“Hoje nos manifestamos em frente à Santa Casa, que é um lugar simbólico para nós. O atendimento do SAS está cada vez pior. Nossa indignação precisa ser mostrada à sociedade para que o governador, junto conosco, encontre uma solução de um novo sistema de saúde”, disse Jansen Filho, presidente do Sindical Núcleo Curitiba Norte.
Natália da Silva, presidente da APP Curitiba Sul – “O governador fez o desmonte da saúde dos servidores e servidoras, por isso a nossa indignação e o momento de resistência dos educadores e educadoras do Paraná”.
Ao longo do dia, atos também ocorrem nos Núcleos Sindicais de todo o estado. As manifestações são parte da Jornada de Lutas 2023, aprovada em Assembleia Estadual da categoria em janeiro. O estabelecimento de um novo modelo de atendimento é uma das pautas consideras prioritárias pelos(as) educadores(as).
A Assembleia Estadual definiu as seguintes reivindicações nessa área: ampliação de hospitais credenciados e de especialidades, principalmente psicológicas; redução do tempo de espera para consultas e exames; extensão do atendimento aos(às) PSS e ampliação das unidades da Perícia do Estado.
Fonte: APP-Sindicato