O presidente Lula afirmou que o governo “tem direito de estabelecer sua política econômica”
Parlamentares reunidos com o presidente Lula nesta quarta-feira (8) endossaram as críticas do chefe de Estado contra as elevadas taxas de juros estabelecidas pelo Banco Central, presidido por Roberto Campos Neto.
O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, afirmou que Campos Neto precisa ser “enquadrado” e não descartou uma convocação pelo Congresso Nacional para prestar esclarecimentos. Para o líder partidário, o presidente do BC precisa “explicar por que” os juros têm que ser mantidos no patamar atual, de 13,75% ao ano, informa O Globo.
As declarações foram dadas após reunião de Lula com o Conselho Político da Coalizão, com parlamentares que fazem parte da base do governo no Congresso. Participaram da reunião com o presidente os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Mariana Silva (Meio Ambiente), Fernando Haddad (Fazenda) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
O vice-presidente Geraldo Alckmin, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os líderes do PT, Zeca Dirceu, do governo na Câmara, José Guimarães, do Congresso, Randolfe Rodrigues, e do Senado, Jaques Wagner, também participaram ao lado de outros parlamentares e líderes partidários.
O líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) afirmou que “vários líderes” falaram sobre o BC e que a autoridade monetária precisa “contribuir com aquilo que saiu das urnas”.
Por sua vez, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues, afirmou que o objetivo do governo é chegar ao final do ano com a taxa básica de juros em 8% ou 7%.
As críticas ao presidente do Banco Central não significam, porém, que o governo esteja trabalhando para fritar o presidente da instituição, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “Não existe nenhuma iniciativa do governo de mudança da lei atual do Banco Central e nenhuma pressão sobre qualquer mandato”, disse.
O presidente Lula afirmou que o governo “tem direito de estabelecer sua política econômica” e disse aos parlamentares que é preciso fazer “dentro das possibilidades” o que foi proposto durante as eleições.
Fonte: Redação Brasil 247