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Entenda porque Selic alta dificulta o trabalhador a comprar bens materiais

A alta de juros também é sentida no crédito imobiliário para a compra da casa própria e nos bens de consumo como geladeiras, fogões, carros, celulares, entre outros. CUT e demais centrais protestam dia 30

Toda vez que um trabalhador ou uma trabalhadora precisa de um bem material e não têm o todo o valor do produto desejado eles acabam pagando mais, apesar da ilusão das prestações sem juros oferecidas pelas empresas. Isto porque com as empresas tendo de pagar juros maiores junto a bancos e instituições financeiras, a tendência é transferir para o consumidor essa conta.

Existe um responsável por tudo isso, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que insiste em manter a taxa Selic, os juros oficiais do país, no patamar de 10,50%, apesar da inflação controlada, dentro da própria meta estipulada pelo BC e os sinais de estabilidade econômica do país.

A diretora-técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, Adriana Marcolino afirma que a taxa de juros impede o consumo das famílias.

“Basicamente a Selic impede que as empresas invistam e que os consumidores, cidadãos brasileiros, possam consumir produtos que necessitam de crédito, pois estarão mais caras as prestações dos produtos, apesar de que neste o índice de inflação dentro da meta”, diz Adriana.

Ela explica que o BC resolveu em junho passado parar a redução da taxa Selic porque, segundo, Campos Neto, há risco fiscal e o governo Lula deveria cortar gastos sociais.

“Na verdade, Campos Neto faz reuniões secretas com agentes políticos e do mercado financeiro por interesses políticos. Ele, inclusive, deixou correr solta a alta do dólar, num movimento especulativo. É dever do presidente do BC interferir em movimentos especulativos e ele deixou a especulação correr solta. Só isso já era um motivo pra retirar Campos Neto da presidência”, diz Adriana Marcolino.

Por esse e tantos outros motivos que a CUT e as demais centrais estão pedindo a redução dos juros e a destituição do cargo de Campos Neto, que só poder sair por decisão do Senado Federal. Nesta terça-feira (30) haverá atos em Brasília, São Paulo e nas demais cidades em que a representação do BC, a partir das 10 horas da manhã.

“O BC alega que a Selic precisa ser alta para conter a inflação, mas esta segue sob controle e existem outros métodos para isso, que não é esse, que causa prejuízos para todo o país”, destacou Juvandia Moreira, vice-presidenta da CUT Nacional, no último protesto feito contra os juros altos no mês de junho, data em que o Comitê de Política Econômica (Copom), do BC decidiu manter os juros em 10,50%, terminando com o período de queda que vinha ocorrendo ao longo do ano.

“Outra coisa, quando Campos Neto alega também que essa queda no ritmo de redução da Selic se dá por causa do aumento do emprego [porque o mercado aquecido, supostamente é responsável pela inflação], acaba também entrando em contradição, porque vai justamente na contramão de uma das missões do BC, que é colaborar para que o Brasil alcance o pleno emprego”, completou à época a dirigente.

Fonte: Redação CUT

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