Um grupo de manifestantes acampados em frente ao Tiro de Guerra de Bandeirantes (Norte), na região de Londrina, teria atirado contra um ônibus de estudantes que passava em frente a unidade do Exército, na sexta-feira (25). Imagens com as janelas estilhaçadas foram divulgadas nas redes sociais.
O relato de um dos estudantes também foi replicado nas redes sociais pelo professor de Filosofia Paulo Sérgio Guerreiro. Bolsonaristas, os manifestantes repetem outros protestos antidemocráticos Brasil afora que pedem intervenção das forças Armadas para dar um golpe contra o resultado das eleições que elegeram presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o relato, os estudantes, que fazem parte de uma fanfarra, retornavam de uma apresentação em Itambaracá, em ritmo de festa, gritando e batendo nos instrumentos. Entretanto ao chegar em Bandeirantes, os gritos aumentaram, de acordo com o relato. “(…) Estávamos gritando Lula, mas foi pelo humor e pra (sic) fazer a situação caótica ficar engraçada porque não estávamos acreditando no que tinha acabado de acontecer”, diz.
Porém, continua o relato, em uma barraca em frente ao TG, um homem trajando jaqueta de couro preta, camisa branca e barba sacou a arma e deu dois disparos contra o ônibus. “No momento, tinha vários alunos (menores de idade) com o rosto próximo ao vidro, um tiro pegou na janela em que eu estava sentado, eu vi ele tirando a arma e abaixei quando ouvi o barulho e olhei pra ver o vidro já estava quebrado, tanto na minha janela como na janela de trás. Meu braço estava cheio de caco de vidro pequeno. No banco de trás, estavam dois alunos de 14 anos que também foi a janela atingida pelo disparo”, afirma.
O aluno, então,chamou a professora que estava no mesmo ônibus, comemorando a apresentação da fanfarra. Ela levou os estudantes até a Polícia Militar, para registro do Boletim de Ocorrência.
Emissoras de rádios locais informaram que os manifestantes negam que houve disparos de arma de fogo,mas que pedras teriam sido arremessadas contra o ônibus. A reportagem não teve acesso à manifestação oficial deles.
A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Paraná na tarde deste sábado (26), por meio do Whatsapp, para saber se houve mesmo registro da ocorrência e se alguma atitude havia sido tomada, mas os questionamentos não foram respondidos.
Fonte: Redação Bonde