Presidente do TSE mencionou invasão ao Congresso dos EUA; disse que Judiciário “não vai se vergar a quem quer que seja“
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, disse na 4ª feira (6.jul.2022) que o Brasil por ter uma situação ainda mais grave do que a invasão ao Capitólio, registrada em 6 de janeiro de 2021, nos Estados Unidos. Deu a declaração durante palestra no Wilson Center, em Washington, capital norte-americana.
“O que se tem dito no Brasil é sobre a ocorrência de um episódio ainda mais agravado do que 6 de janeiro daqui [dos EUA] do Capitólio”, disse.
Segundo Fachin, “o Judiciário brasileiro não vai se vergar a quem quer que seja”. Declarou, ainda, que a sociedade “precisa armar-se do seu voto, da consciência política, da solidariedade, do sentimento de justiça, da coexistencialidade”.
“Cada uma das instituições brasileiras precisa cumprir o seu papel nos limites que a Constituição atribui”, disse. O ministro também afirmou que o Congresso brasileiro precisa ter uma “posição firme” sobre ameaças à democracia.
Forças Armadas
O ministro também voltou a rejeitar discursos que sugerem uma “intervenção” das Forças Armadas no processo eleitoral. Disse que a parceria da Justiça Eleitoral com os militares envolve colaboração e cooperação, como nas tarefas de levar urnas eletrônicas a locais de difícil acesso.
“Nada obstante, por razões do campo da política, haja quem queira transformar essa participação numa que, ao invés de ser colaborativa, seja praticamente de intervenção”, afirmou. “Evidentemente que esse tipo de circunstância nós não só não aceitamos como não aceitaremos. Colaboração sim, intervenção jamais”.
Motociatas
Durante a palestra, o presidente do TSE não mencionou o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao falar de representações sobre motociatas. Disse que dizem respeito a “determinado candidato que realiza locomoções em veículos de duas rodas”.
Edson Fachin afirmou que vai pautá-las para o mês de agosto.
Fonte: Poder 360