Se uma doença ameaçar sua saúde, ou até mesmo sua vida, o que você prefere: tomar um remédio “receitado” por qualquer um na rua ou tomar um remédio receitado por um médico, se possível, especializado na sua doença?
Pois é. Receber informações na forma de notícias para sabermos o que está de fato acontecendo ao nosso redor é tão importante como tomar o remédio certo, que vai curar nossas doenças.
Por isso, a gente não deve buscar ou aceitar informações vindas de qualquer lugar e dada por qualquer um, que nem sabemos se é profissional e se tem responsabilidade pela informação que está nos repassando.
Um médico para receitar um remédio tem que estudar muito, ter um registro profissional junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM), trabalhar em um lugar definido e registrado neste Conselho, prefeitura, receita e etc.
Se for um hospital, além de sua responsabilidade individual, tem ainda a responsabilidade do diretor médico do hospital, que também responde com seu registro profissional por tudo que os médicos fazem no local. Se for em um consultório particular, idem. Ou seja, tudo para garantia de que o paciente tenha segurança e certeza naquilo que lhe está sendo prescrito para fazer ou tomar.
O mesmo deve acontecer com as notícias. Elas tem que sair de um jornal ou um outro tipo de empresa de comunicação, que exista institucionalmente, que tenha responsáveis que respondam até pessoalmente por aquilo que comunica e que suas comunicações, ou seja as notícias que veicula, tenham jornalistas que respondam profissionalmente pela veracidade do que estão falando ou escrevendo. Se falarem mentiras (FAKES), vão pagar por isso, não só financeiramente como até profissional ou empresarialmente.
Estão sob controle da lei, para que se garanta verdade naquilo que informam. Pode até ter seu vezo político ou mesmo ideológico, mas não podem distorcer, mentir ou inventar um fato (Fake News). Se fizerem isso, vão sofrer as penas da lei.
Por isso é, infelizmente, tolice a gente acreditar em tudo aquilo que vem publicado nas ditas redes sociais (X/ex-Twitter, Facebook, Instagram, blogs, etc.), que não tenham na produção de sua informação profissionais capacitados (jornalistas com registro) e donos do espaço (empresa jornalística) onde se publica a noticia (NEWS), que respondam por aquilo que é publicado.
Esta falta de responsabilidade da parte de quem publica e de quem veicula a publicação é que tem nos levado a uma verdadeira avalanche de NOTICIAS MENTIROSAS (FAKE NEWS) que têm trazido propagação de doenças, queda na cobertura vacinal, ódio, desentendimento, destruição de vidas, atiradores em escolas e tantas maldições semelhantes.
Fique atento. Tome remédios receitados por médicos e leia notícias escritas por jornalistas e publicada por órgãos que tenham a quem responder. Fake news significa exclusivamente noticias mentirosas, portanto: mentiras.
Não seja bobo. Não tome gato por lebre, divulgados por lobos em pele de cordeiro!
Texto: Gilberto Martin, médico sanitarista