Cerca de seis meses desde que foi publicada, a licitação para contratar uma empresa para executar a reforma da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim do Sol, na zona oeste de Londrina, enfim, teve um desfecho. A segunda colocada no certame, a Regional Planejamentos – que tem sede na cidade – foi declarada oficialmente vencedora e o certame foi homologado pela prefeitura, colocando um ponto final no imbróglio que o edital se tornou depois que uma empreiteira que foi desclassificada entrar até na Justiça para reverter o resultado.
Esta construtora entrou com um mandado de segurança no poder judiciário, que foi negado, mas seguiu tentando “segurar” a homologação pelas vias administrativas. No entanto, numa decisão final assinada pelo prefeito Marcelo Belinati, foi destacado que a construtora, que é de Santana de Parnaíba, São Paulo, ocultou documentos de contratos firmados com outros órgãos públicos, infringindo as regras do edital.
“Constam as diligências realizadas e a informação de que fora oportunizado à recorrente, por duas vezes, a apresentação de esclarecimentos e a juntada de documentos, os quais não foram suficientes para descaracterizar o descumprimento das normas do edital, tendo-lhe sido oportunizado o contraditório e a ampla defesa”, frisou o chefe do Executivo londrinense.
A empresa que vai fazer a obra pediu R$ 1,6 milhão, praticamente o valor máximo da licitação. Entre os serviços que serão realizados estão melhoras na parte de alvenaria, revestimentos de paredes e teto, esquadrias, pisos, cobertura e instalação hidráulica e elétrica. O término previsto é de oito meses, a partir da assinatura da ordem de serviço.
Sem data
Entretanto, isso ainda não tem data para acontecer e, por consequência, a revitalização começar. Isso porque a secretaria municipal de Saúde ainda não entrou em acordo com a Iscal (Irmandade Santa Casa) para utilizar de forma provisória o antigo prédio do Mater Dei, na rua Senador Souza Naves, esquina com a avenida Bandeirantes, na área central.
“Fizemos algumas visitas, a pedido da equipe técnica da Santa Casa, na UPA Sol para que pudessem entender o tamanho da reforma. Existe um projeto de utilização do Mater Dei em um futuro próximo pela Iscal e justamente essa questão está dificultando em avançarmos em relação à locação. Mas mantemos o diálogo aberto”, ponderou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado.
A Iscal confirmou à FOLHA as conversas, mas frisou que “ainda não houve uma definição por parte da Santa Casa”. Machado afirmou que hoje não existe um “plano B” caso a instituição não aceite. “Expusemos a importância dessa obra. É uma unidade onde passam 400, 500 pessoas por dia e precisamos, urgentemente, iniciar a reforma. Acredito que ainda há possibilidade de avançar na locação do Mater Dei nas próximas semanas”, projetou.
Foto: BondeNews