Márcia Lopes é formada em serviço social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 2010
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou na terça-feira (08), os nomes que vão compor o grupo técnico na transição para o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na oportunidade, a londrinense Márcia Lopes, de 65 anos e ex-ministra no segundo mandato de Lula na Presidência da República, fará parte do grupo de transição da área de assistência social que será comandada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). Além disso, a pasta será composta ainda pela ex-ministra Tereza Campello e pelo deputado estadual mineiro André Quintão (PT-MG). Márcia Lopes é formada em serviço social pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em 2010. Lopes foi vereadora em Londrina de 2001 a 2004 e candidata à prefeitura da cidade em 2012.
Em pronunciamento, Alckmin enfatizou que a manutenção de programas sociais e de serviços públicos é prioridade da equipe de transição. Os trabalhos foram repartidos entre economistas que ajudaram a criar o Plano Real e economistas ligados ao PT. Farão parte desse grupo os economistas André Lara Resende, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Fernando Henrique Cardoso e um dos formuladores do Plano Real; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; o professor da Universidade de Campinas (Unicamp) Guilherme Mello; e Nelson Barbosa, ministro da Fazenda no segundo governo Dilma Rousseff.
Alckmin lembrou que a definição dos nomes que coordenarão a transição não significa a ocupação de cargos ou de ministérios no próximo governo. O vice-presidente eleito também confirmou que Guido Mantega, ministro da Fazenda de 2006 a 2014, participará da transição, mas em outro grupo técnico. Apesar de os economistas pertencerem a correntes divergentes, como liberais e desenvolvimentistas, o vice-presidente eleito e coordenador da transição disse que as visões não são necessariamente opostas.
Em relação ao Orçamento para o próximo ano, Alckmin disse que, nos próximos dias, sairá a definição para recompor as verbas do Bolsa Família de R$ 600 (mais R$ 150 para famílias com crianças) e para as dotações para educação, saúde, obras e serviços públicos. A equipe de transição discute se a autorização para estourar o teto de gastos em cerca de R$ 175 bilhões sairia via uma proposta de emenda à Constituição ou por meio de uma medida provisória que garanta créditos extraordinários (fora do teto) com autorização do Tribunal de Contas da União e da Justiça.
Após a instalação do Gabinete de Transição, Alckmin reúne-se com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, nas residências oficiais dos dois. Em seguida, o vice-presidente eleito se reunirá com o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Celso Sabino (União Brasil-PA) e com o relator do projeto do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI). O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva terá reuniões nesta quarta-feira (09) com os presidentes dos poderes Legislativo e Judiciário. Estão previstos encontros com Lira e Pacheco. Lula também se reunirá com os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber; do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes; e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura. Com informações da Agência Brasil.