Unidade de Conservação de proteção integral, parque está fechado para visitação há mais de sete anos e sofre com o abandono e a insegurança
Na recomendação administrativa, expedida pela 20ª Promotoria de Londrina e encaminhada ao prefeito e secretários municipais de Obras e do Ambiente, o MP pede uma série de providências para melhorar as condições gerais do abandonado Parque Daisaku Ikeda. A Unidade de Conservação, considerada de proteção integral, foi interditada para visitação pública em 2016, após as fortes chuvas que causaram uma série de danos à estrutura do parque.
Além de comunicar os gestores municipais sobre a possibilidade de responsabilização por improbidade administrativa, a recomendação do MP indicou um conjunto de ações que devem ser adotadas. Uma delas é o reforço da segurança.
A promotora Révia Luna, responsável pelo documento, diz que, recentemente fez uma visita técnica e constatou o abandono geral do parque. Ela cita o caso da criança de dois anos que estava com a mãe e o namorado na unidade e acabou desaparecendo. O corpo do garoto foi encontrado dias depois no Ribeirão Três Bocas.
A promotora diz que a medida mais imediata, com prazo de execução de 15 dias, é a sinalização e instalação de estruturas que impeçam a entrada de pessoas nos dois acessos ao parque.
Révia Luna explica que também recomendou que a Prefeitura reserve recursos do orçamento para a manutenção contínua do Daisaku Ikeda. Além disso, diz a promotora, o MP também orientou que seja feito o registro no Cadastro Estadual de Unidades de Conservação, para que o Município passe a receber o ICMS Ecológico e possa usar os recursos no parque.
A promotora diz que outra medida é a revisão do plano de manejo, para que haja uma adequação aos usos da unidade. O MP também recomendou ao Município o cercamento de todo o entorno, em um um prazo de 30 dias. Localizado a 12 Km do centro de Londrina, na Rodovia João Alves da Rocha Loures, às margens do Ribeirão Três Bocas, o parque tem 120 hectares e uma cobertura vegetal composta, principalmente, de matas nativas e mais de uma centena de espécies animais catalogadas.
Fonte: CBN Londrina