Lideranças do movimento sindical entregaram aos ministros da Previdência, Carlos Lupi, e da Secretaria de Relações Institucionais da Previdência da República, Alexandre Padilha, documento que relata os ataques Santander contra trabalhadores da ativa e aposentados, com a decisão unilateral da retirar o patrocínio do Banesprev, fundo de pensão que administra os planos previdenciários de funcionários da maioria dos bancos adquiridos pelo Santander, entre eles o Banespa.
No material, os trabalhadores destacam que, a partir de 2016, “os ataques [contra o Banesprev] têm sido avassaladores, com o Santander desrespeitando leis, normas, estatutos, regulamentos. Culminando agora [no final de 2022] com um pedido de retirada de patrocínio de planos que abrigam população idosa (alguns centenários)”. No documento, observam ainda que o Santander “quer se eximir das suas obrigações, dos passivos que foram computados para a redução do preço de aquisição do banco, e imputar aos idosos aposentados todos os riscos, toda a volatilidade do mercado financeiro na aplicação dos recursos que lhes forem atribuídos após a retirada do patrocínio”.
A funcionária do Santander e secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Rita Berlofa, ressalta o “caráter cruel” da decisão do Santander, realizada de forma unilateral, sem debate algum com os associados dos planos previdenciários.
“Basicamente, essa decisão derruba as rendas mensais dos aposentados, uma vez que o banco deixa de se responsabilizar pela manutenção da reserva que garante a renda vitalícia”, explica. Ela destaca ainda que a retirada de patrocínio nada mais é do que o encerramento da relação contratual que existe com o Santander, como patrocinador, que deixa de contribuir para o plano de benefícios. “Com isso, ocorre a quebra do mutualismo e o encerramento dos benefícios vitalícios, trazendo perdas irreparáveis para os aposentados”, alerta.
Fonte: Contraf-CUT, com informações da Afubesp