Acusação é de ofensa racial contra assessores parlamentares durante sessão da CCJ
Uma mulher foi detida durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Paraná nesta segunda-feira (24). A alegação do deputado Tito Barichello (União), que deu voz de prisão à mulher, ainda não identificada, é que ela teria cometido injúria racial contra um assessor do deputado, e depois também contra outras pessoas presentes.
A sessão da CCJ nesta segunda foi particularmente tumultuada, em parte devido a um desentendimento entre os deputados Marcio Pacheco (PP) e Renato Freitas (PT). Enquanto lia seu voto num dos projetos, o petista se incomodou com um assessor de Marcio Pacheco, que estaria “fazendo mímicas e rindo”, segundo Freitas. Os dois deputados acabaram batendo boca e a situação só piorou quando o presidente da comissão, Ademar Traiano (PSD) usou a situação para retomar sua velha rixa com Renato Freitas, que mais uma vez chamou Traiano de corrupto.
A suposta situação de racismo teria ocorrido um pouco mais tarde. De acordo com Tito Barichello, que está afastado do cargo de delegado da Polícia Civil para exercer o mandato na Assembleia, a mulher detida disse que um assessor parlamentar estaria “rindo como um macaco”. Logo em seguida, teria ofendido outras pessoas, inclusive uma assessora negra do gabinete do próprio Barichello.
A Assembleia Legislativa informou que a mulher detida, que foi levada a uma delegacia, não é funcionária da Casa. Ninguém na Assembleia soube informar seu nome ou o que a pessoa fazia na sessão.
Foto: Jornal Plural