No total, foram destinados R$ 610 milhões; PP e União Brasil concentram os maiores valores
Felipe Francischini, Ricardo Barros e Sergio Souza foram os deputados federais reeleitos que mais tiveram dinheiro do “Orçamento Secreto” na bancada do Paraná, mas não foram os únicos. Dos 19 reeleitos, 16 tiveram seu capital político turbinado pelas emendas do tipo RP-9, totalizando R$ 610 milhões.
Os dados foram revelados pelo jornalista Breno Pires, da Revista Piauí, na reportagem “Centrão colhe os votos do Orçamento Secreto”. Para obtê-los, ele analisou R$ 19 bilhões em empenhos, identificando os deputados autores das indicações a partir de informações obtidas no Supremo Tribunal Federal (STF) e de planilhas internas do governo.
Para ficar nos três com mais indicações identificadas, Francischini (União) apontou R$ 70 milhões em emendas do relator no orçamento federal, Ricardo Barros (PP) destinou R$ 69 milhões e Sergio Souza (MDB) outros R$ 56 milhões. Contudo, Breno Pires alerta que os valores podem ser maiores, já que uma parcela significativa do “Orçamento Secreto” permanece em sigilo.
Além de Francischini, Barros e Souza, também têm emendas RP-9 identificadas pelo repórter os políticos Giacobo (PL), Aliel Machado (PV), Toninho Wandscheer (Pros), Luisa Canziani (PSD), Sargento Fahur (PSD), Luiz Nishimori (PSD), Pedro Lupion (PP), Filipe Barros (PL), Luciano Ducci (PSB), Sandro Alex (PSD), Diego Garcia (Republicanos), Vermelho (PL) e Leandre (PSD).
“Orçamento Secreto” é o apelido dado às emendas de relator, do tipo RP-9, que são processadas pelo governo federal sem que haja transparência sobre quem sugeriu a despesa dentro da Câmara Federal. Por haver o temor de ingerência indevida na liberação desses recursos, com elas servindo de barganha por apoio no Congresso, a prática foi denunciada ao STF e deve ter a legalidade julgada após as eleições.
Consulte aqui a planilha completa revelada pela Piauí.
Fonte: Brasil de Fato