A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, recebeu relatório sobre a morte do adolescente Kelvin Willian Vieira dos Santos, 16, e Wender Natan da Casta Bento, 20. Ambos foram portos por policiais militares durante uma operação em Londrina.
O documento foi protocolado pelo deputado estadual Renato Freitas (PT), que criticou a ação policial. “Foram 18 tiros em dois jovens comprovadamente desarmados. Essa é uma realidade que não dá trégua no Paraná e no Brasil, e que faz a população refém do medo, porque sabem que a Polícia Militar, assim como está, é incapaz de oferecer segurança, mas é estimulada a promover o terror”.
Poucos dias após o crime, o governador Ratinho Jr. (PSD) lamentou a morte dos jovens e afirmou que deveria haver isenção na apuração da conduta dos policiais. Ao invés de o caso ser investigado pela corregedoria de Londrina, está sendo conduzido pela corregedoria de Curitiba, por determinação do governador.
Ao todo, quatro policiais estavam na abordagem que terminou com a morte dos jovens no dia 15 de fevereiro. Os policiais suspeitos da execução dos jovens são Júlio César da Silva, Luiz Ricardo Monteiro da Silva, Jeferson Fontes Longas e Gabriel Ferreira de Lima Bosso.
Eles estão longe do trabalho de ronda, mas continuam recebendo salário e trabalhando internamente. Dois deles já tinham sido afastados em 2016, por ações violentas e adulteração de locais de crime.
Fonte: Jornal Plural