Erika Hilton (Psol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) foram eleitas para a Câmara dos Deputados. Roybeyoncé (Psol-PE) foi eleita suplente
As eleições deste ano registraram um número recorde de candidaturas trans em todo o país e pela primeira vez o Congresso Nacional terá representantes trans ocupando cadeiras do parlamento. As candidatas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) foram eleitas para a Câmara dos Deputados com 256 mil votos e 208 mil votos, respectivamente. Roybeyoncé (Psol-PE) foi eleita suplente, com mais de 80 mil votos. De acordo com o UOL, um levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) aponta que o pleito deste ano contou com 80 candidaturas trans, sendo 38 federais e 42 estaduais.
“Foram vitórias históricas, porque moramos no país em que 90% das travestis é transexuais estão na prostituição. Nossa expectativa de vida não supera 40 anos”, disse Duda Salabert. Neste domingo (2), ela votou com um colete à prova de balas devido a ameaças de morte feitas por extremistas de direita. Duda Salabert também foi a primeira vereadora trans de Belo Horizonte (MG) e a parlamentar mais votada da cidade, em 2020.
Erika Hilton foi eleita para o primeiro cargo em 2018, quando ganhou uma vaga de deputada estadual pela Bancada Ativista em 2018. Ela deixou o cargo em 2020 para disputar uma vaga de vereadora em São Paulo, quando foi eleita a primeira travesti da Câmara de Vereadores da capital paulista.
A candidata Linda Brasil (Psol) foi a primeira deputada estadual trans eleita em Sergipe. Dani Balbi (PCdoB) foi eleita pelo Rio de Janeiro. Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Carolina Lara foi eleita pela Bancada Feminista do Psol.
Fonte: Redação Brasil 247