Equipes se concentram perto do Quartel-General do Exército e deram 45 minutos para remoção de acampamento bolsonarista instalado na área
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Exército Brasileiro desmobilizaram o acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General da Força Armada em Brasília, na manhã desta segunda-feira (9/1).
Os militares deram uma hora para os acampados saírem do local e escoltaram os grupos de bolsonaristas em 50 ônibus disponibilizados pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob).
A chegada das equipes atende determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que demandou a desocupação da área em até 24 horas.
A desmobilização ocorre um dia após os atos de vandalismo registrados contra as sedes dos Três Poderes, nesse domingo (8/1). Por enquanto, os militares ainda não entraram no acampamento, porque diversos bolsonaristas têm deixado o local espontaneamente.
Fuga pelo Noroeste
Com medo de um possível embate com as forças de segurança e Armadas, os acampados partem com itens pessoais em mãos, como malas, colchões e estruturas de barracas. No momento, o acesso de veículos à região do QG está proibido.
Por isso, muitos têm deixado o local por vias que passam perto do Setor Militar Urbano (SMU), por trás do bairro Noroeste.
Os apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) se instalaram no local em 30 de outubro de 2022, data do segundo turno das eleições, e permaneceram lá desde então.
O movimento começou como forma de questionar o resultado legítimo das eleições de 2022 e evoluiu para casos de vandalismo e depredação na área central de Brasília.
Investigações apontaram que grupos acampados em frente ao QG do Exército tiveram relação com atos terroristas em 12 de dezembro, bem como uma tentativa de atentado perto do Aeroporto de Brasília, também no mês passado.
Fonte: Redação Metrópoles
