Plural Serviços Técnicos, empresa responsável pela execução dos serviços de conservação predial e limpeza em Londrina, emitiu uma nota de repúdio contra a rescisão de seu contrato com a Prefeitura, anunciada na quarta-feira (26). A empresa considera a decisão “ilegal e desproporcional”, afirmando que a medida prejudica não só os interesses da empresa, mas também os cofres públicos do município. Em sua manifestação, a Plural apontou que o contrato, que estava programado para encerrar-se em junho de 2025, poderia ser mantido até o seu término, já que o problema alegado pela Prefeitura, a falta de pagamento de salários e benefícios aos funcionários, teria ocorrido de forma pontual.
Segundo a Prefeitura de Londrina, a rescisão foi motivada pela ocorrência de atrasos nos pagamentos dos salários e benefícios dos trabalhadores da Plural, situação que, segundo o município, gerava insatisfação entre os funcionários e impactava na continuidade dos serviços prestados. No entanto, a Plural argumenta que o atraso de dois dias no pagamento não justificaria uma medida tão drástica. A empresa também questiona o fato de que o processo administrativo, que resultou na rescisão, foi instaurado de forma apressada e sem a devida oportunidade de defesa.
Em resposta, a Plural já ingressou com uma ação judicial na Vara da Fazenda Pública de Londrina, buscando anular a rescisão do contrato e as penalidades impostas, incluindo a suspensão de seu direito de licitar por 24 meses. A empresa alegou que o processo administrativo foi conduzido de forma irregular e sem observância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Além disso, a Plural informou que acionará o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado para apurar possíveis irregularidades no processo, garantindo que os responsáveis pelas decisões que impactaram tanto o erário público quanto os direitos da empresa sejam responsabilizados. Em sua defesa, a empresa reafirmou seu compromisso com a qualidade dos serviços prestados e com a legalidade dos procedimentos administrativos, afirmando que a medida da Prefeitura não atende ao real interesse público e causa prejuízos financeiros ao município.
Fonte: Paiquerê FM