O PL (Projeto de Lei) 817/2022, que ameaça o direito de greve da categoria bancária, ao alterar a Lei 7.783 de 1989 (Lei da Greve) e define os meios eletrônicos de pagamentos e transferências bancárias como serviço essencial, estava na pauta de votação na quarta-feira (7/12), na CTASP (Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público) da Câmara dos Deputados, mas foi retirado após pressão da representação sindical da categoria.
“O projeto do deputado Kim Kataguiri (União/SP), em si, é pernicioso. Com o acolhimento, pelo relator, de uma emenda do deputado Eli Corrêa Filho (União/SP), fica ainda pior e praticamente anula o direito de greve da categoria bancária, prejudicando a correlação de forças nas mesas de negociações com os bancos” observou o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável da Contraf-CUT pelo acompanhamento da tramitação de temas de interesse da Classe Trabalhadora no Congresso Nacional.
O dirigente da Contraf-CUT disse que um trabalho articulado com deputados comprometidos com a Classe Trabalhadora conseguiu retirar o projeto da pauta de votação. “A retirada momentaneamente da pauta foi obtida com muita luta. Agora, precisamos que a categoria nos ajude a pressionar os deputados para que esse projeto seja definitivamente engavetado”, disse.
Jefão orienta que bancárias e bancários acessem a enquete da Câmara sobre o PL digam que Discordam Totalmente do projeto.
Olho nos deputados
Além de acessar o site da Câmara para mostrar sua discordância ao projeto, Jefão pede para que a categoria e toda a Classe Trabalhadora fiquem atentas à atuação dos deputados. “Não é a primeira vez que estes deputados apresentam projetos que prejudicam a Classe Trabalhadora. A categoria precisa estar atenta a isso! E quando chegar as eleições não votar e pedir para que seus familiares e conhecidos não votem nesses candidatos, que atuam contra os trabalhadores”, pontuou.
“Além de ficarem de olho nos deputados, é preciso que a categoria acompanhe a atuação partidária deles. Os deputados são do mesmo estado e do mesmo partido. Eles se articulam na votação de projetos contra a Classe Trabalhadora. É preciso que os bancários do estado de São Paulo também se articulem numa campanha para mostrar nas bases destes deputados o que eles fazem no Congresso: se unem para massacrar os trabalhadores”, disse. “Precisamos cortar o mal pela raiz. Impedir que eles se reelejam”, concluiu Jefão.
Fonte: Contraf-CUT