Bruno Teixeira, secretário nacional do SNDH, reafirmou o apoio e medidas de proteção ao ativismo social do deputado
Matéria: Pedro Carrano/Brasil de Fato – PR
O deputado estadual Renato Freitas (PT) esteve ontem (29) em Brasília em reunião com representante do Ministério dos Direitos Humanos e Ministério da Justiça, Bruno Renato Teixeira, secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (SNDH).
O objetivo era o relato das ameaças que o deputado tem sofrido nos últimos dias.
Durante o mês de abril, devido à sua pauta da moradia, Freitas tem criticado as incursões da Polícia Militar em áreas de ocupação, com intensa violência contra moradores, sob pretexto de combate ao crime organizado, como ocorreu na área Nova Esperança, em Campo Magro (PR), do Movimento Popular por Moradia (MPM) e também no acampamento Paula Freitas, no interior do estado, do MST.
O caso de Campo Magro acentuou o conflito na Assembleia Legislativa entre o deputado Ricardo Arruda (PL), quem, segundo Freitas, teria afirmado na Assembleia que o deputado petista seria o “líder” da comunidade Nova Esperança, onde um policial foi assassinado.
Já em Paula Freitas, afirma o deputado, “Policiais Militares do Paraná invadiram uma ocupação do MST há dias atrás, agrediram, ameaçaram e disseram na frente de todos que irão matar o “deputado Renato Freitas”.
Bruno Renato Teixeira reafirmou o apoio ao ativismo social do deputado. “É um defensor dos direitos humanos, e para garantir a defesa dos direitos, é fundamental que nós podemos articular uma série de medidas para garantir integridade física e psicológica para exercer o seu mandato. Sobretudo, exercer a defesa incondicional dos direitos humanos no Paraná. Temos o programa de proteção aos defensores dos direitos humanos que já está mobilizado para garantir que o senhor mantenha sua militância em prol dos direitos humanos e da população”, afirmou o secretário.
Pesos e medidas
Já Freitas questionou a perseguição no caso ocorrido na região metropolitana de Curitiba e que criminalizou lideranças sociais da região, porém o mesmo não acontece nos bairros centrais da capital:
“Por que quando algum crime é cometido nas áreas nobres da cidade há investigação e individualização da culpa, e quando acontece numa comunidade pobre até os líderes comunitários são criminalizados?”, aponta o deputado.
Ato contra a tentativa de cassação do mandato de Renato Freitas (PT) / Gibran Mendes