O novo pedágio do Paraná, mais caro, com mais praças e duração maior que o anterior; a criação de um conselho estadual dos direitos da população LGBTI+; e a segurança nos estádios foram os temas levantados pelos deputados de oposição na Assembleia Legislativa nesta semana. E teve também novas reuniões em Brasília em defesa da Copel. Acompanhe:
Prepare o bolso – Na segunda-feira, o deputado Requião Filho comentou sobre o convênio assinado na semana passada entre o governador Ratinho Júnior (PSD) e o presidente Lula (PT) que repassa as rodovias paranaenses ao Governo Federal, autorizando as rodovias do Estado a entrarem no pacote de concessões do novo pedágio. O deputado explicou que o novo modelo foi elaborado pelos governos Bolsonaro e Ratinho Jr. e apresenta tarifas mais caras; 15 novas praças, passando de 27 para 42 pontos de cobrança; e 35 anos de contrato.
Cilada, Bino – Para Requião Filho, “o governador Ratinho Jr. segurou o quanto podia a nova concessão para não atrapalhar sua eleição e a de Bolsonaro” e agora “o jogo vai ser colocar no colo do governo Lula a culpa pelas altas tarifas”. Aceitar o pedágio feito por Ratinho/Bolsonaro, portanto, o governo federal caiu em uma cilada. “O governador vai dizer, através da mídia, que as obras do pedágio são obras do Paraná, ´terra de gente que trabalha´. E quando o paranaense gritar com o preço do pedágio, a imprensa do Paraná, junto com a família do governador, que faz parte desta imprensa, vai dizer que a tarifa do pedágio é culpa do governo Lula. O governo Lula aceitou um pedágio que foi montado pelo governador Ratinho, pelo então presidente Bolsonaro, junto com o G7”.
Torcida única não! Também na segunda-feira, a deputada Ana Julia reuniu representantes de torcidas organizadas do Coritiba e Athetico, diretorias dos clubes, forças de segurança pública e MP-PR para viabilizar que o clássico do próximo final de semana fosse realizado com a presença das duas torcidas. Na terça-feira, foi confirmado que o clássico terá duas torcidas.
Pela liberdade de torcer – “A imposição da torcida única acontece há mais de dois anos e é fruto da alegação infundada de que essa medida combate a violência nos estádios. Passados estes dois anos, a conclusão é uma só: torcida única não contribui para a segurança em dias de jogos. Somos contrários à proposta de torcida única e de qualquer medida que vise coibir o torcedor de acompanhar seu time de coração, apoiando os 90 minutos e exercendo seu direito garantido pelo estatuto do torcedor”, disse Ana Julia.
Direitos LGBTI+ – Criação de um Conselho Estadual dos direitos da população LGBTI+, formulação e ampliação de políticas públicas de garantia de direitos e cidadania e medidas de enfrentamento às fake news sobre gênero e sexualidade. Estas foram as principais discussões da audiência pública “LGBTI+: Políticas Públicas, Direitos e Enfrentamento a Fake News e Desinformação”, realizada pela Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado Professor Lemos, e pela Comissão de Saúde Pública.
Conselho Estadual – “A comunidade LGBTI+ está solicitando que o governador encaminhe para a Assembleia Legislativa um projeto de Lei propondo a criação do Conselho Estadual da Comunidade LGBTI+. A criação desse conselho é muito importante. O Paraná precisa fazer muito mais do que já fez até agora. Nosso estado está em dívida com a comunidade LGBTI+ e precisa reparar essa dívida o mais rápido possível”, destacou.
Informação para vencer o preconceito – Entre os encaminhamentos da audiência está o envio de requerimento ao governador solicitando a elaboração de projeto de lei para criar o Conselho Estadual e também elaboração de projeto de lei para instituir a Política Estadual de Combate à Violência contra a comunidade LGBTI+. “Nosso trabalho como parlamento é falar. E quando a gente fala a gente traz à tona informação, que combate a ignorância para vencer o preconceito. Nenhum de nós nasce com preconceito. Ele é inserido por uma sociedade complicada, machista e insegura. Nosso trabalho é disseminar a informação e ajudar a vencer o preconceito e a ignorância”, destacou Requião Filho.
”República de Curitiba” gerou Bolsonaro – Ainda na terça-feira, o deputado Requião Filho comentou as reações de lideranças políticas do Paraná à declaração do ministro do STF, Gilmar Mendes, no programa Roda Viva, de que “Curitiba gerou Bolsonaro, Curitiba tem o germe do fascismo”, em clara referência aos métodos usados pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelos procuradores da República na Operação Lava Jato. “Vejo agressões dizendo que o ministro Gilmar Mendes rasgou a toga para fazer política. Não seria esse Sérgio Moro, que teve suas decisões anuladas, abandonou a magistratura negociando para ser ministro do STF, foi ministro do Bolsonaro e num erro político entrou em conflito com o chefe, e perdeu a cadeira do STF? As pessoas buscam fazer uma tempestade de um copo d´água. Ficou claro que o ministro Gilmar Mendes estava falando da ‘República de Curitiba’, do conluio entre o então juiz Sérgio Moro e o então procurador da República Deltan Dallagnol, onde eles usaram seus cargos de maneira política, buscando o que conseguiram depois, que era entrar na política”, ponderou Requião Filho.
Em defesa da Copel – Em Brasília nesta semana, o deputado Arilson Chiorato, vice-líder da oposição, se reuniu com o ministro Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União; e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para discutir a importância do governo federal se mobilizar contra a privatização da Copel pelo governo Ratinho Jr. “Sabemos que a privatização vai levar a tarifas mais caras e precarização dos serviços, por isso nossa luta é para que a Copel continue sendo patrimônio do povo do Paraná, disse. Também participaram das reuniões os deputados federais Glesi Hoffmann, Carol Dartora, Elton Welter e Carol Dartora.
Fonte: Assessoria Parlamentar