Com o objetivo de organizar as lutas deste ano, o Sindicato de Londrina realizou na manhã desta segunda-feira (27/03) reunião com os representantes de base do Banco do Brasil e delegados sindicais da Caixa Econômica Federal.
Também participaram deste encontro o secretário de Políticas Sindicais do Sindicato de Curitiba e representante suplente da Fetec-CUT/PR na CEE (Comissão de Organização dos Empregados da Caixa), João Paulo Pierozan, e o membro do Grupo de Trabalho dos empregados da Caixa em Curitiba, Felipe da Silva Magalhães.
Na reunião foram levantadas as demandas das unidades na base territorial de Londrina e debatidas questões gerais dos funcionários destes dois bancos públicos federais, com destaque para a PLR (Participação nos Lucros e ou Resultados) da Caixa.
Segundo o diretor do Sindicato de Curitiba, os valores pagos pelo banco no último dia 23/03 geraram muita insatisfação nos empregados e empregadas, por terem ficado muito aquém do esperado. “A gente entende e concorda que a PLR foi baixa e em alguns casos tem pessoas que terão que devolver parte do que receberam na primeira parcela. Mas essa queda de 43,4% no lucro líquido da Caixa em 2022 é consequência da administração/gestão anterior, que estava direcionada para reeleger o governo”, conta.
Ainda de acordo com ele, em 2021 o lucro foi maior porque entraram no balanço daquele ano as receitas com a venda de ativos do banco, como ações da Caixa Seguridade e sua participação no controle do Banco Pan. Sem essas áreas lucrativas estava na cara que o lucro seria menor”, explica João Paulo.
Pesou ainda no resultado de 2022 o aumento de 41,5% nas PDDs (Provisões para Devedores Duvidosos), impulsionado pela concessão de crédito consignado, às vésperas das eleições do ano passado, para os brasileiros e brasileiras beneficiados pelo Auxílio Brasil.
O presidente do Sindicato de Londrina, Felipe Pacheco, lembra que a nova presidenta da Caixa, Rita Serrano, se comprometeu em adotar políticas de valorização aos empregados para reverter os retrocessos impostos na gestão anterior. “Foi um conjunto de fatores que impactou no lucro da Caixa, penalizando os empregados e empregadas, que cumpriram à risca suas atribuições, mesmo com a falta de pessoal e pressões constantes para atingir metas. Vamos lutar para que isso não volte a se repetir”, garante.