Dia Internacional da mulher, o primeiro depois de tanto retrocesso, aumento gigantesco no número de violências de todos os gêneros- no último período.
Porém nenhuma das tentativas do último governo foi capaz de desmobilizar a luta de séculos das mulheres, forjada nós porões das senzalas, as beiras dos Rios, nos salões das igrejas, nós terreiros. Essa herança de luta o acúmulo de fé e auto organização das mulheres, ganharam as eleições em 2022.
Depois de quatro anos de um projeto nefasto de morte contra as mulheres, sobre tudo as periféricas as negras, indignas e Lbtqia+. 2023 nasceu com retomada do Ministério DAS MULHERES – o que antes era o ministério da família e da mulher e representava apenas um perfil de mulher e acomodava apenas um modelo engessado de família. Deu espaço para MULHERES, múltiplas plurais. Pretas brancas, indígenas, amarelas, LGBTQIA+. Das cidades, dos campos, das florestas, mulheres com deficiência.
Temos enfim um espaço no estado brasileiro que pensa a complexidade do ser mulher no Brasil. Que resguarda e organiza as políticas transversais que demanda da nossa existência exige. Esse 8 de Março está diferente. Porem nossa luta é a mesma, se não maior, luta pela vida, por uma sociedade mais justa, feminista, antirracista, e livre de qualquer opressão.
Acompanhe:
Mayara Medeiros
Professora de História, pós-graduada em Humanidades pela UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná). Atualmente, é secretaria estadual de mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT) no Paraná, tornando-se a primeira mulher negra a ocupar este espaço. Seus textos abordam experiências, provocações e denúncias de mulheres nos espaços de poder.