Centenas de pessoas participaram nesta manhã, 12, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), da marcha antirracista e pela diversidade, que saiu do Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA), passando pelo Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA), Centro de Ciências Humanas (CCH) e Centro de Ciências Exatas (CCE), finalizando no Restaurante Universitário, onde aconteceram apresentações culturais indígenas e afro-brasileiras.
O protesto foi uma reação às inscrições racistas e de apologia ao fascismo encontradas no banheiro do departamento de Geociências da universidade, na semana passada. Participaram do ato, além de estudantes, professores, funcionários da UEL, lideranças indígenas, LBTQIA+, movimentos estudantis e sociais.
A professora do departamento de Serviço Social, Andrea Pires Rocha, explicou que o protesto foi organizado a partir da união de vários grupos que trabalham com ações afirmativas na universidade. “É um tipo de violência que atinge todas as pessoas, principalmente os negros. Isso representa o recrudescimento do ódio contra vários coletivos, contra os direitos conquistados no decorrer dos anos por toda classe trabalhadora”.
A professora lembrou ainda que foi feita carta de repúdio contra ocorrido que hoje conta com mais de 90 assinaturas de representantes de vários coletivos. “Um estudante negro, passou mal, ao ver os escritos no banheiro, pois as mensagens pedem a morte de um grupo de pessoas. Digo que é importante que as pessoas, antes de fazer escritos como esses, devem ler mais sobre o que foi o nazismo, sobre os relatórios sobre a cotas no Brasil, pois o nazismo e o racismo, assim como qualquer forma de repressão devem ser combatidas”, declarou.
Já a estudante Ana Beatriz Alves de Souza, disse que o grande número de pessoas participando da marcha causou muita emoção. “Foi uma linda manifestação, e nos deixou motivada para lutar e debater mais sobre isso tudo”, disse.
Assista na íntegra a intervenção cultural Kaingang:
Texto: Elsa Caldeira/Portal V