O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia (Seti), confirmou a liberação de recursos para custear obras de revitalização na parte elétrica do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, órgão suplementar da UEL responsável pela salvaguarda de parte da memória e do patrimônio histórico de Londrina. O Termo de Execução, no valor de R$ 1.125.500,00, foi publicado no Diário Oficial do Estado na última terça-feira (9). Estes recursos serão utilizados pela Universidade para as obras de reforma da parte elétrica do prédio, que deverão ser feitas por empresa licitada, totalizando R$ 1.508.763,00. A expectativa é que o processo licitatório seja concluído até o final do ano, com as obras sendo iniciadas imediatamente a partir da contratação da empresa.
Os recursos foram liberados via dotação orçamentária da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), a partir de intermediação da deputada estadual Cloara Pinheiro. A liberação só foi possível a partir de um projeto custeado com recursos da ordem de R$ 350 mil, repassados há cerca de dois anos, por meio do deputado estadual Tercílio Turini. A obra deverá contemplar todas as instalações elétricas, substituindo a rede de fiação, pontos de distribuição de energia, circuitos, caixas de passagem, condutores etc.
Para a reitora da UEL, Marta Favaro, a reforma atende a uma das grandes prioridades da Instituição hoje, que busca de forma ativa vias de financiamento, a partir da elaboração de projetos pelos setores envolvidos e pela equipe técnica da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan). “O Museu abriga a história de Londrina e região, é espaço de formação histórica e cultural dos nossos estudantes e da rede de educação básica. Permite que a comunidade de Londrina e região, do Brasil, e inclusive visitantes internacionais possam conhecer mais como foi a construção da nossa história. Estamos felizes por realizar essa reforma, que dará segurança maior para o trabalho desenvolvido, para a comunidade que usa, para todos aqueles que acessam o Museu como um espaço de formação histórica e cultura”, afirma Marta Favaro.
Segundo a diretora do Museu, Edmeia Ribeiro, as obras têm o objetivo de prever a modernização e segurança de um dos mais importantes patrimônios culturais do Paraná, administrado pela Universidade. Ela explica que o prédio foi construído na década de 1950 e passou por reformas na estrutura física nos últimos anos, mas ainda necessita de reparos urgentes na parte elétrica para modernização. Posteriormente, o espaço poderá receber instalação de equipamentos de refrigeração para que o acerto histórico não seja colocado em risco.
Revitalização do Museu Histórico
O Museu guarda mais de 50 mil peças, livros, revistas, jornais, obras de arte, fotografias, microfilmes, fitas, mapas e outros materiais que representam a memória de Londrina e região. Segundo a professora, esta reforma começou a ser gestada tão logo ela tomou posse na direção do órgão, em 2019. Na época, a Associação dos Amigos do Museu Histórico de Londrina (ASAM), órgão privado criado para contribuir com a preservação do museu, era presidida pelo ex-professor da UEL Anísio Ribas Bueno Neto, que, juntamente com a empresária Elenice Dequech, manifestaram a necessidade da revitalização da infraestrutura elétrica do prédio.
Os primeiros recursos chegaram em 2020, pela intermediação do deputado Tercílio Turini. O processo licitatório acabou prejudicado pela pandemia da Covid-19, sendo retomado no ano passado, quando a Universidade, por meio da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan) conseguiu concluir o projeto. A partir deste ano, a Administração da UEL retomou contato para levantar os recursos visando à reforma. No mês passado, a deputada Cloara Pinheiro confirmou a liberação do dinheiro, via Termo de Execução.
Esse montante deverá se somar aos recursos liberados anteriormente por meio do deputado Turini. Houve, ainda, um aditivo de R$ 87,5 mil, via Fundo Paraná. “É uma obra importante porque vai garantir a segurança do Museu, que é a guarda do nosso patrimônio. São vários acervos, desde documentos, imagens e som e nossa reserva técnica, que são os objetos. O Museu representa o santuário da história local”, reforça Edmeia Ribeiro.
Fonte: O Perobal