Para discutir a data-base e a reposição das perdas salariais acumuladas pelos servidores, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) se reuniu na última quarta-feira (10) com o líder do governo, Hussein Bakri (PSD), e com o diretor-geral da Casa Civil, Luciano Borges, no gabinete do líder do governo na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP).
Segundo o diretor-geral, o governo planeja enviar em junho um projeto de lei à ALEP com o reajuste de 5,79%, a ser implementado na folha a partir de agosto. Entretanto, por incluir a dívida relativa à data-base de 2016, o calculo do percentual está defasado. O governador Ratinho Junior (PSD) anunciou, em 31 de março, que os 5,79% seriam relativos à inflação acumulada entre janeiro e dezembro de 2022.
A categoria também defende a aplicação do reajuste em maio – mês da data-base, com o pagamento retroativo a partir de agosto. “Nós insistimos que este percentual de 5,79% anunciado pelo governo seja retroativo ao mês de maio. E que também, neste percentual, não esteja embutido nos 3,39% que já tivemos o reconhecimento da Justiça como dívida do governo do Estado, referente à data base de 2016”, disse Nádia Brixner, coordenadora do FES, em entrevista concedida ao programa Aroeira na manhã do último sábado (13).
Para o FES, o reajuste anunciado pelo governo é ínfimo, mas é importante que seja pago a fim de não aumentar ainda mais a dívida. Além de insistir com o líder do governo e com o diretor-geral da Casa Civil para desenvolverem um plano de pagamento das dívidas, a FES pediu ao governo que reafirme, através dos representantes, que a política central para recomposição de salário seja a reorganização das carreiras.
“Nós afirmamos e reafirmamos que a política central de estancar as perdas salariais seja a data base, porque ela é para todos os servidores, independente da classe, independente da carreira, inclusive para ativos e aposentados. Esta deve ser a política central”, disse a coordenadora.
Próximos passos
A coordenadora comentou também que o Fórum das Entidades Sindicais e as demais lideranças se reuniram após a reunião na ALEP para reafirmar a importância da mobilização em Curitiba e a urgência de uma audiência pública, a fim de enfatizar a importância do pagamento da data-base e do zeramento da dívida que o governo. O próximo passo é articular a audiência.
“Queremos nessa audiência pública a representação do governo do estado, os deputados da Assembleia Legislativa, para debaterem com o Fórum das Entidades Sindicais o quanto é importante que a gente zere a dívida com os servidores e que garanta que seja anualmente feita a recomposição da inflação com os servidores e servidoras. A luta não para, a luta vai continuar ano a ano, mas este ano nós estamos aí nesta luta central pela recomposição da inflação da data-base”, finalizou Nádia Brixner.
*Com informações da APP-Sindicato
*Matéria da estagiária Victoria Luiza Menegon, sob supervisão.