Servidores de Londrina participaram nesta quarta-feira, 16, de um protesto em Curitiba contra o governador Ratinho Junior que tem se negado a pagar a reposição salarial da categoria que já ultrapassa 34% de defasagem. A organização foi o Fórum de Entidades Sindicais, FES, que conta com participação de dezenas de sindicatos do estado.
Vários ônibus saíram em caravana e ao chegar na capital de depararam com muitas viaturas policiais espalhadas no entorno do Palácio Iguaçu. ” De madrugada, a policia ameaçou o motorista do carro de som, dizendo que iram cassar a carteira dele, isso para impedir nossa manifestação. Tentamos negociar, mas eles não permitiram, continuaram com as ameaças, mesmo assim, não desistimos e fizemos o protestos da mesma forma. Nós exigimos respeito”, declarou a representante do FES, Nadia Brixner.
Os servidores da ASSUEL e do Sindiprol-Aduel também participaram da manifestação. De acordo com o diretor da Assuel, Arnaldo Mello, o debate ficou por conta da crise enfrentada no serviço público do estado que não tem reposição há mais seis anos, a falta de concursos públicos, as terceirizações e o desrespeito com os servidores. ” Nós temos trabalhado 12 meses para receber apenas por oito, ou seja, quatro meses trabalhamos de graça para o governo, isso porque temos perdido um terço do nosso salário. Isso sem falar na sobrecarga de trabalho causado pelas aposentadorias e mortes de pessoal, vagas que não são repostas pelo governo. Por isso não podemos parar de lutar”, declarou
Durante a plenária, 17 representantes de sindicatos do estado participaram dos debates e aprovaram uma programação de luta para os próximos meses, sendo: realização de plenárias regionais; paralização geral no dia 29 de abril; recepção com protesto onde estiver o governador Ratinho e trabalho de formação junto às bases.