De acordo com as investigações, suspeito ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir e estava em alta velocidade no momento da batida. Ele pode ir a júri popular
O estudante de medicina Leonardo Guandalini Giovanini, de 25 anos, virou réu por homicídio doloso, quando há a intenção de matar, acusado de causar o acidente de trânsito na rotatória das avenidas Maringá e Castelo Branco, em Londrina, no dia 23 de maio do ano passado, responsável por tirar a vida de Mário Laurentino Lisboa, de 49 anos. O homem morreu depois de ter a picape que conduzia violentamente atingida pelo carro conduzido por Giovanini.
A Justiça aceitou denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) contra o motorista, que, segundo as investigações, estava embriagado e conduzindo o veículo em alta velocidade no momento da batida. Ele também teria avançado a preferencial na rotatória.
A denúncia, acatada pela Justiça na última quinta-feira (3), leva em conta os novos elementos de prova apurados pelo MP. A promotoria divergiu da investigação feita pela Polícia Civil, que, no ano passado, pediu para que o motorista fosse indiciado por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. O Ministério Público entendeu, por sua vez, que, por ter dirigido embriagado e em alta velocidade, Giovanini assumiu o risco de causar o acidente que terminou na morte de Lisboa.
Entre as novas provas coletadas, encontra-se a comanda de Giovanini no bar onde ele estava com amigos antes de causar o acidente. O documento mostra que o rapaz gastou mais de R$ 1,1 mil no local, e que consumiu doses de vodka com energético, cervejas e até uma garrafa de champagne. Funcionários do bar também foram ouvidos e confirmaram que o rapaz deixou o local embriagado após a noitada.
O advogado Mário Barbosa, que representa a família da vítima e atua como assistente de acusação no caso, comemorou a decisão da Justiça e disse esperar que o motorista seja condenado por homicídio doloso e também a pagar uma indenização aos parentes de Lisboa, que, desde a morte dele, estão enfrentando sérias dificuldades financeiras.
Com a decisão, o caso volta à 1ª Vara Criminal de Londrina, responsável por analisar e julgar crimes contra a vida. Giovanini pode ir a júri popular.
Os advogados do acusado informaram, por meio de nota, que não vão se pronunciar neste momento, e que só devem se manifestar nos autos do processo.
Fonte: CBN Londrina