Nesta segunda-feira (7) foi comemorado o Dia do Funcionário de Escola no Paraná. A data foi instituída em 2010, através da Lei n. 16.423, para celebrar a alteração feita, em 2009, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que passou a considerar os trabalhadores de escola como profissionais da educação.
No segundo semestre deste ano, professores e funcionários de escolas do estado do Paraná disputam o orçamento no âmbito da Lei Orçamentária Anual (LOA), com a votação prevista para setembro e outubro. A Lei Orçamentária é vital para assegurar os recursos destinados à educação no ano de 2024, e a devida reposição salarial à categoria.
Defasagem Salarial
O professor Márcio André Ribeiro, presidente do Núcleo Sindical do Sindicato dos Professores e Funcionários de Escola em Londrina, destaca que a categoria já enfrenta mais de 46% de defasagem inflacionária, uma disparidade acumulada ao longo dos últimos seis anos. “A luta é de conseguirmos o orçamento que possibilite uma reposição salarial que diminua essa defasagem para o ano que vem”, argumenta.
Terceirização
A resistência à terceirização nas escolas também figura constantemente na pauta de lutas da categoria. “O processo de terceirização das funcionárias e funcionários de escola está muito intenso há alguns anos. Nós defendemos fortemente a retomada, a revisão dessa lógica, dessa política de privatização. Nós defendemos que o funcionário público e deve ser concursado e deve ter estabilidade e vínculo com a comunidade escolar a qual ele pertence, o local onde ele trabalha”, disse.
Esse vínculo direto é crucial tanto para a segurança das crianças quanto para a qualidade do trabalho dos educadores.
Plataformas Virtuais
Ainda de acordo com o professor, a imposição do uso de plataformas virtuais tem trazido desgaste para a categoria, além de diminuir a qualidade da educação oferecida.
“O que tem realmente trazido muita dificuldade é esse processo de plataformas virtuais que o governo tem obrigado a utilização dessas plataformas e processos digitalizados, virtualizados, não de uma forma pedagogicamente trabalhada, mas de uma forma impositiva, vindo de Curitiba, produzido por pessoas que provavelmente não entendem absolutamente nada de educação”, denuncia.
*Matéria da estagiária Victoria Luiza Menegon, sob supervisão.