O número de mortes em confronto com a PM no Paraná vem crescendo quase sem trégua desde 2015. No ano passado, as forças de segurança do estado mataram 488 pessoas
A Polícia Militar do Paraná foi responsável pela morte de 156 pessoas no primeiro semestre de 2023, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (12) pelo Gaeco – setor do Ministério Público responsável por fazer o controle externo da atividade policial. Outras duas pessoas foram mortas por guardas municipais – não houve nenhum registro no semestre de pessoas mortas pela Polícia Civil do Paraná.
De acordo com os números divulgados pelo Gaeco semestralmente, a quantidade de mortes causadas pelas forças de segurança caiu 37% em relação ao primeiro semestre de 2022, quando foram registradas 250 mortes. No ano passado completo, foram 488 casos de pessoas mortas pelas forças de segurança no estado.
O número de mortes em confronto com a PM no Paraná vem crescendo quase sem trégua desde 2015. A única exceção no período foi 2019, primeiro ano da gestão de Ratinho Jr. (PSD). Depois disso, a quantidade de mortes causadas por policiais retomou a trajetória ascendente.
Houve registros de mortes de civis em confronto em 50 cidades paranaenses. No topo da lista estão Curitiba (33 casos), Londrina (16), Apucarana (8), Foz do Iguaçu (7), Cambé (6), Piraquara (6), São José dos Pinhais (5), Ponta Grossa (4) e Terra Boa (4). Outros oito municípios tiveram três mortes cada, 11 registraram duas mortes e mais 22 contabilizaram um caso cada.
Quanto à cor das vítimas, 79 eram pardas (50%), 7 eram negras (4,4%) e 72, brancas (45,6%). Em relação à faixa etária, 12 vítimas (7,6%) tinham entre 13 e 17 anos; 87 (55,1%), entre 18 e 29 anos; 56 (35,4%), entre 30 e 59 e 3 (1,9%) tinham 60 anos ou mais.
O Gaeco apresenta os números completos em entrevista coletiva na manhã desta terça. Em breve, mais informações.
Fonte: Jornal Plural