Representantes de sindicatos, movimentos sociais e parlamentares destacam o novo momento como estratégico para a estatal
Na terça feira, dia 3, data quando a Petrobrás completou 70 anos de história, o Sindipetro Paraná e Santa Catarina, em parceria com o Sindiquímica-PR e Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Montagem, Manutenção e Prestação de Serviços (Sindimont), realizaram o ato unificado ‘Petrobrás para o Brasil’, em frente à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), localizada em Araucária. Na pauta, a defesa da soberania nacional, das empresas estatais, pela reversão das privatizações e reconstrução de um Brasil soberano, democrático e com justiça social.
A manifestação do Paraná integrou mobilização nacional em que petroleiros apresentam uma pauta que inclui a reabertura da Fafen-PR, com a reintegração dos trabalhadores demitidos da fábrica, bem como a reversão das privatizações de diversas unidades da companhia.
Estiveram presentes durante o Ato, os trabalhadores das categorias representadas pelos sindicatos organizadores e também representantes de entidades da sociedade civil, da juventude e parlamentares que destacaram a importância histórica da Petrobrás, a luta pela soberania nacional e a defesa pela reabertura da Fafen.
Alexandro Guilherme Jorge, presidente do Sindipetro de Paraná e de Santa Catarina, citou a importância histórica da Petrobrás. “Essa gigantesca empresa de petróleo do Brasil estatal, que veio para garantir a nossa soberania, mas que nessa história fez muito mais que isso, descobriu petróleo em terra, descobriu petróleo em mar, descobriu em alto mar, descobriu o pré-sal, criou refinarias, criou fábrica de fertilizantes, criou petroquímica e se transformou numa gigante empresa geradora de empregos, desenvolvedora de tecnologia e uma impulsionadora do desenvolvimento do Brasil”, apontou.
Alexandro ainda completou: “Nessas sete décadas de vida, ela tem sim sofrido muitos ataques. E um dos maiores deles foi nos últimos sete anos, mas a gente conseguiu vencer, os eleitores do Brasil decidiram por um novo projeto e agora, em 2023, a nossa expectativa é dar volta dos investimentos e reabrir a fábrica da Fafen criminosamente fechada em 2020, “citou.
Olhar para o futuro
Já o coordenador geral do Sindiquimica, Marco Aurélio Godinho, disse que os 70 anos da Petrobrás é um marco para se olhar para o futuro. “Estamos aqui no ato de comemoração de 70 anos da Petrobras, 70 anos de desenvolvimento, 70 anos de prosperidade para o país. O trabalho está sendo construído, traçado para que o país volte futuramente também a ter soberania e ter autossuficiência nessa área de fertilizantes, favorecendo tanto o agronegócio quanto os pequenos agricultores,” disse.
E Gilmar Lisboa, presidente do Sindimont, enfatizou a importância da união dos trabalhadores nas lutas. “Hoje estamos reunidos aqui, as três instituições da representação sindical, o Sindipetro, o Sindimont e o Sindiquímica, que significa 99%, quase, da representação. Estamos unidos, somos todos petroleiros. É um momento importante de confraternização, mas ao mesmo tempo de reivindicação, nós estamos em uma fábrica tão importante para o nosso país, então pedimos também pela reabertura da Fafen que tem um significado muito importante para o Brasil e para o Paraná, mas especialmente para o município de Araucária, porque contamos com mais de mil postos de trabalho que foram fechados,” disse.
Representantes da juventude, movimentos sociais e parlamentares reforçaram a importância de se apoiar a luta pela defesa da Petrobrás como empresa estatal estratégica pra o desenvolvimento do país e sua soberania.
Petrobrás é do povo brasileiro
Robson Formica, da Coordenação Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) disse que o povo brasileiro é parte importante da luta pela Petrobrás e seus 70 anos.
“Esse é um dia de comemoração e de saudação não só os petroleiros, os petroquímicos, mas também todo o povo brasileiro. De alguma forma todo o povo brasileiro é um pouco petroleiro, é um pouco petroquímico. A vanguarda da Petrobras como indutora do desenvolvimento econômico e social do Brasil (sem isso) não existe futuro, não existe desenvolvimento, não existe perspectiva para a juventude se a Petrobras não tiver na vanguarda e como protagonista do desenvolvimento econômico social retomando obras, retomando investimento, apontando saídas e soluções na transição energética,” disse.
A empresa do futuro
Da Coordenação do Movimento Sem Terra (MST), Roberto Baggio citou a importância de se defender que o novo governo retome o projeto de colocar a Petrobrás como a empresa do futuro.
“Cada vez mais identificamos de que o Governo Federal está compreendendo e entendendo que a Petrobras é uma empresa estratégica, é a empresa do futuro, por isso que ela é fundamental para a gente recuperar a soberania desse país. E nesse sentido, nessa existência, nesses 70 anos, os verdadeiros construtores dessa empresa foram os trabalhadores e serão os trabalhadores no futuro. E mais do que nunca, agora nesse tempo histórico, de reconstruir ela, recuperar tudo que foi privatizado, novamente será o trabalho dos petroleiros, dos petroquímicos que vão reconstruir essa empresa e tornar essa grande empresa pujante do futuro,” destacou.
Também a vereadora de Curitiba, Professora Josete (PT), citou o novo momento do Brasil para o fortalecimento da Petrobrás. “Novo momento e eu acredito que nós temos as condições de avançar e de fortalecer a Petrobras e é preciso união de todos para que possamos garantir a produção nacional de fertilizantes num percentual cada vez maio,” destacou.
Representando a juventude, Ana Keil, do Levante Popular da Juventude, reforçou a importância de se aliar esta luta pela Petrobrás com a perspectiva de empregabilidade para os mais jovens. “Falar da Petrobras e da juventude é falar de emprego digno. E para nós, juventude, que estamos nos piores postos de trabalho, a Petrobrás é sim o lugar de perspectiva de trabalho digno, de renda, e por isso lutar pela Petrobras, lutar pela reestatização da Petrobrás integralmente é lutar por emprego digno para a juventude,” disse.
Fonte: Brasil de Fato