Por Venâncio de Oliveira
O governa abandona programas no vale Javari, que tinha relação com o indigenista morto, Bruno Araújo Pereira. Ele também tocou operação que enfureceu garimpo e fez Funai travar grandes ações. De um lado, um modelo de expropriação de terras coletivas dos indígenas, de desmatamento, etc., e de outro, um modelo agroflorestal de utilização sustentável do solo. Dessa maneira, o bolsonarismo representa o banditismo econômico e político. Bruno representava um modelo alternativo de vida e de produção. Por isso sua memória ecoa.
É essa a economia política dos conflitos sociais. Amazônia é uma fronteira agrícola que reproduz historicamente o desmatamento, formas de exploração de trabalho escravo, expropriação e violência contra as populações nativas. É a dinâmica: “não descansaremos até que se ocupe tudo com desertos verdes (soja, milho, cana de açúcar) e destruiremos tudo e todos que nos impeçam de enriquecer com isso”.
O Garimpo, o grileiro, o latifúndio, o agronegócio são aqueles que exportam recursos naturais. Dessa forma, enquanto os brasileiros passam fome, perdemos nossa Amazônia. O que ganhamos? Lembram-se do sol amarelo da fumaça da Amazônia? As queimadas vêm com doença respiratória, seca e/ou chuvas excessivas, desequilíbrios que ameaçam a vida humana. Pois é, são interesses mesquinhos, de curto prazo, curtíssimo prazo, que regem a lógica genocida desse governo: o milhões na conta de alguns poucos à custa da vida dos indígenas, dos povos ribeirinhos, dos lutadores sociais, do povo brasileiro, enquanto, no médio prazo? Todos nós perderemos! Pois é, o bolsonarismo é um tipo de banditismo dos ricos, do agronegócio e dos garimpeiros! E é por isso, que sua queda é a favor da vida do brasileiro!