Na linha de frente do combate ao desmatamento, categoria faz paralisação parcial e pede restruturação na carreira
Servidores federais da área ambiental convocaram uma manifestação em Brasília (DF) pela restruturação da carreira. O ato está marcado para esta quinta-feira (11) às 15h em frente ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, chefiado por Marina Silva.
Convocada pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), a manifestação faz parte da mobilização da categoria por melhores condições de trabalho e pela restruturação na carreira.
Desde 1º de janeiro, os servidores paralisaram as atividades externas, incluindo as operações contra o crime ambiental do Ibama. O objetivo é pressionar o governo federal a retomar as negociações com a carreira de especialista em meio ambiente, composta por mais de 8 mil servidores do Ibama, o ICMBio e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e outros órgãos.
A Ascema afirma as reivindicações buscam também dar sustentabilidade à política ambiental do governo Lula (PT). Com déficit de servidores e defasagem salarial, a categoria diz estar sobrecarregada diante do empoderamento do crime nos anos de gestão Jair Bolsonaro (PL).
“Esta suspensão de atividades externas certamente terá impactos significativos na preservação do meio ambiente e atribuímos isso aos dez anos de total abandono da carreira do serviço público que mais sofreu assédio e perseguição ao longo do governo e que ainda não foi devidamente acolhida e valorizada pelo atual [governo]”, afirma a carta dos servidores do Ibama.
Em outubro de 2023, a categoria encaminhou ao Ministério da Gestão (MGI) uma proposta que prevê a equiparação salarial com os técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA) e a criação de gratificações para servidores lotados em áreas remotas ou que conduzem atividades de risco.
Nesta semana, o MGI informou aos trabalhadores que a mesa temporária de negociação será retomada em 1º de fevereiro. Os servidores prometem manter a mobilização e preveem o crescimento da adesão à paralisação.
Fonte: Brasil de Fato