O valor das multas aplicadas apresentou um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2023
No primeiro trimestre de 2024, o Instituto Água e Terra (IAT) aplicou multas no valor total de R$ 40,2 milhões por danos ambientais no Paraná, com destaque para as ocorrências de desmatamento ilegal na Mata Atlântica, que represetaram aproximadamente 60% das infrações.
O número de Autos de Infração Ambiental (AIA) emitidos chegou a 2.035 no período. O valor aplicado neste trimestre é 6,6% superior ao alcançado entre janeiro e março do ano passado, que totalizou R$ 37,7 milhões.
As punições administrativas dos primeiros meses do ano correspondem a 22% do valor total arrecadado ao longo de 2023, que alcançou a marca de R$ 182,3 milhões em multas. Os dados foram divulgados pelo IAT na quarta-feira (10).
A quantia arrecadada com as infrações é destinada integralmente ao Fundo Estadual do Meio Ambiente, conforme estabelecido pela Lei Estadual 12.945/200. A reserva financeira tem o objetivo de financiar iniciativas para controle, preservação, conservação e recuperação do meio ambiente.
Álvaro Cesar de Goes, gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, ressalta a importância da vigilância constante para combater diversas práticas de danos ambientais no Paraná.
“Os nossos agentes fiscais estão sempre atentos, atuando no combate às mais diversas práticas de danos ambientais que acontecem no Paraná. Contamos hoje com ferramentas tecnológicas que nos permite identificar e punir os infratores com uma maior rapidez, além de receber denúncias diárias, realizar operações de rotina e também planejadas”, destaca Álvaro Cesar de Goes.
No ano passado, o Paraná reduziu em 71,5% a supressão ilegal da Mata Atlântica. Segundo o Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, a área desmatada no estado diminuiu de 4.037,83 hectares em 2022 para 1.150,40 hectares em 2023, com base em alertas publicados pela Plataforma MapBiomas, uma iniciativa do Observatório do Clima.
O Paraná foi o único estado do Sul do País com aumento de cobertura vegetal no período. Santa Catarina reduziu a vegetação de 40,4 mil km² para 39,6 mil km² de 2017 a 2021. Já no Rio Grande do Sul passou de 27,9 mil km² para 27,7 mil km² no mesmo período. Em Santa Catarina houve um declínio constante da área verde desde 1985, com aumento entre 2010 e 2015, mesma realidade do Rio Grande do Sul, que observou uma pequena mudança de cenário entre 2012 e 2018.
Fonte: Brasil de Fato