Perfil @justicaporalmas cobra investigação dos óbitos decorrentes de ações da polícia em Londrina
@justicaporalmas. Este é o perfil que familiares de jovens mortos pela policia em Londrina abriram no Instagram. O objetivo do grupo é reunir mais pessoas que perderam parentes e amigos em supostos confrontos com forças policiais e pressionar o Ministério Público a investigar e elucidar os casos. Do período de 2017 a 2021, somente em Londrina, Cambé e Ibiporã, foram 228 mortes. E no Paraná, 1.705.
A vendedora autônoma Hayda Melo é uma das responsáveis pelo perfil. No dia 6 de maio deste ano, ela perdeu o único filho. Willian Júnior tinha apenas 18 anos. Ele e um amigo, o Anderbal Júnior, de 21 anos, foram mortos pelo Batalhão de Choque em frente ao campus da Universidade Estadual de Londrina.
A PM alega que os jovens estavam num carro roubado e reagiram à abordagem. As mães não acreditam nessa versão. Uma terceira pessoa, que sobreviveu à abordagem, afirma que os policiais já chegaram atirando e que as três armas encontradas no local foram plantadas por eles.
Para Hayda, mesmo que o filho tenha feito algo errado, nada justifica a atitude da polícia. “Não podemos aceitar essa história de bandido bom é bandido morto. No Brasil não existe pena de morte. O trabalho da Polícia não deve ser de matar e sim de prender”, afirma.
Na opinião dela, não há nenhum esforço das autoridades para elucidar casos do tipo.
Familiares realizam protesto nesta sexta
Nesta sexta-feira (15), às 18 horas, familiares e amigos de Davi Gregório Ferraz dos Santos farão um ato ecumênico em frente à Usina do Conhecimento, no Conjunto Parigot de Souza (zona norte). O jovem de apenas 15 anos foi morto pela PM dia 15 de junho.
Fonte: Rede Lume de Jornalistas