Prometido inicialmente para o segundo semestre de 2022, o Centro Especializado de Reabilitação de Londrina ainda não virou realidade. A unidade está sendo construída na avenida Arthur Thomas, ao lado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Sabará, na zona oeste, no entanto, a obra está parada desde o ano passado. O espaço vai funcionar no atendimento interdisciplinar e de reabilitação de pessoas com deficiência intelectual, auditiva e física.
Entretanto, a execução tem enfrentado vários imbróglios. Cerca de um ano depois da assinatura da ordem de serviço, realizada em 2021 num grande evento com diversas autoridades, o Governo Federal deixou de repassar a verba para a continuidade dos trabalhos, que acabaram interrompidos em dezembro de 2022. A retomada foi em 2023, após a troca de governo, com a empreiteira responsável pedindo o reequilíbrio do contrato.
Mas quando a verba, enfim, foi autorizada, a empresa – que é de Curitiba – desistiu e solicitou a rescisão do contrato. “(A empresa) alegou diversas coisas, que não havia projetos complementares, mas nada além do que havia no início da licitação. Fui presencialmente na sede da empresa para tentar sensibilizar sobre a importância da obra, mas não surtiu efeito”, explicou Diego Augusto Buffalo, diretor executivo do Cismepar (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema). A entidade é que vai administrar o centro.
Para a retomada da obra, o consórcio vai contratar primeiro um engenheiro, que deverá listar o que ainda falta ser feito para que o projeto, hoje com 60% de execução, seja finalizado. “Aí sim poderemos abrir um novo processo licitatório para contratar uma empresa para terminar”, destacou. A expectativa é de que em cerca de quatro meses os serviços sejam retomados.
O centro vai atender uma média de 550 pacientes mensalmente. São pessoas dos 21 municípios que integram a Região de Saúde do Médio Paranapanema. A equipe será formada por aproximadamente 40 profissionais de áreas como fisioterapia, psicologia, nutrição, fonoaudiologia, medicina, enfermagem, serviço social, música e terapia ocupacional.
O custo total é de mais de R$ 5 milhões. Serão 1,6 mil metros quadrados de área construída, com um terreno de 15,6 mil metros quadrados, doado pela prefeitura londrinense ainda em 2017.
No canteiro de obras é possível encontrar sujeita e até sapatos. Para evitar invasões ou atos de vandalismo, um segurança particular está ficando no lugar. “Antes desse segurança estava bem ruim, com pessoas em situação de rua entrando, usuários de drogas. Isso prejudicava a rotina da população do bairro”, comentou uma moradora.
Fonte: O Bonde