Confira o histórico desta data e as ações que incentivam o protagonismo feminino indígena
Nesta quinta-feira (5) é celebrado o Dia Internacional da Mulher Indígena, que marca a luta pela preservação de suas culturas, línguas e tradições milenares. As mulheres indígenas são 238,4 milhões em todo o mundo, mais da metade da população indígena, que totaliza aproximadamente 476,6 milhões de pessoas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
No Paraná, a população feminina indígena é superior à masculina. Segundo o Censo de 2022 do IBGE, são 15.423 mulheres indígenas e 15.043 homens indígenas, totalizando 30.466 indígenas no estado.
A homenagem a essas mulheres indígenas foi instituída em 1983, durante o I Encontro de Organizações e Movimentos da América, realizado em Tiahuanaco, na Bolívia. Nesta data, também é comemorado o Dia da Amazônia, que destaca a importância da preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo – e está entre as pautas de defesa das mulheres indígenas.
A APP-Sindicato, por meio da Secretaria da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+, reafirma o seu compromisso com a luta de todas as mulheres em sua pluralidade, diversidade e valorização das suas tradições.
Iniciativas importantes
Fortalecendo o protagonismo e a importância das mulheres indígenas no Brasil, o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério das Mulheres, implementaram o edital “Mulheres Indígenas: Tecendo o Bem Viver”. O objetivo é incentivar iniciativas de associações ou organizações lideradas por mulheres indígenas no país, para valorizar a diversidade cultural e socioeconômica, além de destacar a contribuição das mulheres indígenas para o bem-estar social e a preservação dos saberes ancestrais das comunidades do Brasil.
Com o propósito de oferecer proteção, a Defensoria Pública do Estado do Paraná, por meio do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, criou o Observatório da Violência Contra as Mulheres Indígenas no Estado do Paraná. A iniciativa surge devido ao aumento de denúncias, à falta de dados sobre violência contra mulheres indígenas e à ausência de representação adequada em tais situações. O Observatório tem como função registrar denúncias, sejam elas de vítimas ou de testemunhas, em um formulário disponível no site da Defensoria Pública.
Fonte: APP-Sindicato