Hoje (13), a partir das 14 horas, a Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) realiza mais uma audiência pública sobre o modelo do pedágio. O evento ocorrerá sob o impacto da morte de um caminhoneiro de 30 anos, que, na madrugada desta quarta-feira (13/04), se chocou na mureta da praça de pedágio desativada em São Luiz do Purunã, município de Balsa Nova, Região Metropolitana de Curitiba, a 43 km da capital.
Devido ao abandono da rodovia com o fim dos contratos de pedágio e, consequentemente, das estruturas de concreto, que se transformam em armas, o motorista não enxergou o obstáculo na BR-277. O local não tem iluminação nem sinalização adequados, o que concorreu para o acidente fatal. Sem visibilidade, no escuro, o caminhão bateu e arrastou a mureta por cerca de 50 metros.
A oposição afirma que o governador Ratinho Junior (PSD) sabia que o abandono das rodovias e das praças de pedágios poderiam causar mortes.
Os parlamentares oposicionistas dizem que a perda do jovem caminhoneiro era anunciada, assim como de outros usuários de rodovias no Paraná. Essas vidas poderiam ser preservadas.
Além da insegurança nas estradas, a Frente Parlamentar sobre o Pedágio enfrenta o projeto do governo que prevê a implantação de 15 novas praças de pedágio na nova modelagem. Conforme a ALEP, a audiência terá uma exposição técnica do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (ITTI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O estudo da UFPR demonstrará as intervenções pretendidas nas rodovias e entorno. Isso, dentro dos limites de cada município. Assim sendo, serão identificadas duplicações, faixas adicionais, travessias urbanas, marginais. Além de contornos, viadutos, trevos, trincheiras entre outras novas obras.
Entretanto, a apresentação vai abordar também os degraus tarifários sem justificativa técnica e os descontos tarifários limitados pelos aportes. Bem como as faixas de desconto sem justificativa técnica e inibidoras de tarifas baixas. Além das tarifas oneradas pela garantia cambial. Além do risco de abuso nas receitas estimadas (áreas conturbadas).
De acordo com o primeiro secretário da ALEP Luiz Claudio Romanelli (PSD), a Frente Parlamentar teve uma vitória ao barrar o modelo híbrido. Aquele proposto inicialmente pelo Governo Federal: “No entanto, outros pontos trazem preocupação. Um deles são as obras que cortam os municípios” – disse Romanelli.
Não houve uma anuência dos municípios e nem discussão sobre planos de mobilidade. Se não resolvermos esses problemas agora, isso tudo acaba virando mais custos nas tarifas. Penso que é necessário aprofundar e questionar tudo isso.
Dessa forma, o coordenador da Frente Parlamentar, Arilson Chiorato (PT), destacou que a discussão será de forma técnica: “Vamos ter a comprovação do que estamos falando há muito tempo. Assim, esta apresentação dá tranquilidade de que estamos tomando a decisão correta em fazer esse enfrentamento ao Governo Federal. A proposta pode ser tão nociva quanto o pedágio anterior”.
SERVIÇO
Por fim, o encontro, proposto pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio no Paraná, vai ser de forma remota, com transmissão ao vivo pela TV Assembleia, site e pelas redes sociais do Legislativo.
A audiência poderá ser acompanhada diretamente pelo aplicativo Zoom por meio do link: https://us06web.zoom.us/j/83993824487?pwd=NDJDTnVsUkZJVVcwT1IzbkN2TVVrUT09
Fonte: Blog do Esmael