Paciente é do sexo masculino, tem 31 anos, e está isolado para tratamento em casa; o município ainda tem outros 12 casos suspeitos em análise, aguardando o resultado de exames
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina confirmou, na manhã desta terça-feira (16), o primeiro caso positivo de varíola dos macacos ou Monkeypox no município. O paciente é do sexo masculino e tem 31 anos. Ele está bem e isolado para tratamento em casa, sendo monitorado pelas equipes da SMS, assim como os seus familiares e contatos próximos, intradomiciliares. O paciente foi atendido em uma unidade de saúde pública do município e o resultado foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Estado (SESA).
A informação foi repassada pelo secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, em entrevista coletiva concedida em seu gabinete. De acordo com o secretário, Londrina contabiliza 15 notificações relacionadas à doença, incluindo este caso confirmado, um descartado e um que apresentou resultado inconclusivo. Os outros 12 ainda estão em análise, aguardando o resultado de exames enviados para o Laboratório Central do Estado, (Lacen), em Curitiba. O local faz o gerenciamento do envio das amostras para São Paulo, onde são feitos os processamentos dos exames, no Instituto Adolfo Lutz. Estes pacientes prosseguem em isolamento domiciliar.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, já há transmissão comunitária da doença em todo o país. Recentemente, o Ministério da Saúde (MS) decretou estado de alerta máximo para a Monkeypox no Brasil. Ontem (15), o MS também divulgou que possivelmente saberá, nesta semana, quando terá as primeiras vacinas disponíveis contra a doença. “A princípio são esperadas 50 mil doses para o Brasil, voltadas apenas para a vacinação dos profissionais de saúde que lidam na linha de frente, cuidando destes pacientes”, informou Machado.
A transmissão da varíola dos macacos entre humanos acontece, principalmente, por meio de contato pessoal com lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada ou objetos contaminados por pessoas já infectadas.
A infecção causa erupções na pele que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. A pessoa infectada só deixa de transmitir o vírus quando as crostas desaparecem da pele. Além das erupções na pele, os principais sintomas são febre, seguido de adenomegalia (gânglios inchados) e dores (muscular e cefaleia).
A orientação da SMS de Londrina é que a população fique atenta aos sintomas da doença, em especial ao aparecimento abrupto de lesões pelo corpo, indiferentemente do motivo. Se isso acontecer, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde, seja da iniciativa privada ou pública, para que um profissional de saúde possa fazer a avaliação e a condução correta do caso. Em Londrina, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão preparadas para atender os casos suspeitos de Monkeypox.
Ouça entrevista com Felippe Machado, secretário de Saúde do município:
Casos no Brasil e mundo
No Brasil, o primeiro caso da varíola dos macacos foi confirmado foi no dia 9 de junho, em São Paulo. No momento há 2.893 casos confirmados no país. São 35.621 casos no mundo, registrados em 94 países, e 13 óbitos.
Fonte: Blog Prefeitura de Londrina