Lula, Tebet e Ciro anunciaram que pretendem mudar configuração ministerial. Bolsonaro recuou após enxugamento e também estuda recriar pastas
Quatro candidatos à frente da corrida presidencial – Lula (PT), Bolsonaro (PL), Ciro (PDT) e Tebet (MDB) – já manifestaram o desejo de recriar ministérios extintos.
Enquanto Bolsonaro anunciou que pretende aumentar o número de pastas de 18 para 21, Lula afirmou que planeja trazer de volta todos os ministérios dos governos petistas, ou seja, 32. Já Ciro declarou que quer retomar dois desses órgãos, e Tebet tem repetido o desejo de recriar três.
Esplanada bolsonarista
Com a proposta de “enxugar a máquina pública”, o então candidato e agora presidente, Jair Bolsonaro (PL), chegou ao poder prometendo cortar o número de ministérios – de 29 para 15. No entanto, quando assumiu, o capitão reformado do Exército reduziu as pastas para 22.
Bolsonaro recebeu de Michel Temer (MDB) um governo com 23 ministérios, quatro órgãos com este status e duas secretarias. Após conseguir diminuir o número em sete, o atual chefe do Executivo federal voltou atrás e trouxe de volta os ministérios das Comunicações e do Trabalho e Previdência. No início de sua gestão, o presidente foi alvo de diversas críticas por ter acabado com pastas como a Cultura e a Segurança Pública.
A configuração da administração federal tem como papel conduzir políticas públicas referentes ao tema, e funciona como uma setorização da atuação governamental. A gestão se organiza em ministérios para atuar com mais especialidade em assuntos considerados prioridade para o governo. Contudo, as titularidades das pastas podem ser usadas como moeda de troca em função da acomodação política.
Atualmente, a administração pública federal conta com 18 ministérios, três órgãos com este status e duas secretarias. Ao longo do mandato, o chefe de Executivo retirou o Banco Central da lista, ao aprovar a autonomia do órgão em 2021.
Fonte: Metrópoles