Ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra já estava matematicamente eleita com 90% das urnas apuradas
Eleita matematicamente com 58,81% dos votos, Raquel Lyra (PSDB) será a primeira mulher a estar à frente do Palácio do Campo das Princesas, a partir de 2023. Após a surpresa que foi a presença da psdbista no segundo turno, ela saiu vencedora do pleito, conforme apontavam as pesquisas do último mês. Sua adversária, Marília Arraes (Solidariedade) teve até agora 41,19% dos votos.
A federação “Pernambuco Quer Mudar” convocou a imprensa para o pronunciamento de Raquel sobre a vitória a ser realizado no Beach Class Convention Resort, em Boa Viagem, a partir das 20h. Também Marília, da federação “Pernambuco na Veia”, tinha marcado uma entrevista coletiva a partir de 20h no Recife Praia Hotel, no Pina, mas o evento foi cancelado.
Conheça a futura governadora de Pernambuco
Raquel Lyra faz parte da federação partidária formada pelo PSDB e pelo Cidadania e foi prefeita de Caruaru por seis anos (2016-2022), deixando a prefeitura na metade do segundo mandato para se candidatar a governadora. Raquel é formada em Direito pela UFPE, é Procuradora do Estado e foi delegada da Polícia Federal. Lyra foi deputada estadual duas vezes entre os anos de 2007 e 2016 pelo PSB; tendo se filiado ao PSDB em 2016.
No primeiro turno, Raquel lidou com a morte do seu marido, o empresário Fernando Lucena, que faleceu no dia 2 de outubro, em Caruaru, no Agreste, quando se sentiu mal enquanto se preparava para votar. Apesar de ter sido socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele não resistiu a um acidente vascular cerebral.
A a vice-governadora eleita é Priscila Krause (CD), que foi vereadora do Recife por 10 anos (2005-2014) e deputada estadual por oito anos (2015-2022). Em 2016 se candidatou a prefeita do Recife, tendo 5,4% dos votos.
Relembra o primeiro turno
No primeiro turno, as pesquisas apontavam a liderança de Marília, mas mostravam uma corrida apertada para uma segunda vaga para o segundo turno entre Raquel Lyra (PSDB), Danilo Cabral (PSB), Miguel Coelho e Anderson Ferreira (PL). Com uma diferença de 3,39%, Marília com 23,85% e Raquel com 21,13%, foram para um segundo turno em que a psdbista esteve à frente em todas as pesquisas; assumindo uma postura de neutralidade em relação à corrida presidencial, mas acompanhada por uma maioria de apoiadores bolsonaristas.
Apesar da tucana não ter conseguido atrair outros partidos para a aliança no primeiro turno, no segundo, conseguiu o suporte de partidos como União Brasil, PP, Podemos, Rede, Progressistas, PRTB, Novo e do PL, partido do Presidente Jair Bolsonaro. A governadora eleita, apesar de pressionada, não declarou voto em nenhum dos presidenciáveis, mas recebeu o apoio de diversos deputados estaduais e federais bolsonaristas e conservadores.
Fonte: Redação Brasil de Fato