Vice-presidente eleito, acompanhado de Aloízio Mercadante e Gleisi Hoffmann, disse que teve conversa “proveitosa” com integrantes do governo Bolsonaro
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou nesta quinta-feira (3) que a transição de governo “já começou”. Escolhido pelo presidente eleito Lula (PT) para liderar o processo transitório, o ex-governador concedeu coletiva de imprensa, de dentro do Palácio do Planalto, após reunião com Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL) e nome do atual presidente para conduzir a transição por parte do governo atual.
“A conversa foi muito proveitosa, objetiva. A transição já começou. Todo o fluxo de informações foi conversado também. E a transição será instalada com o objetivo da transparência, do planejamento e de continuidade da prestação de serviços à população”, disse Alckmin, ao lado do ex-ministro Aloízio Mercadante (PT) e da presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann – que também participaram do encontro.
Segundo o vice-presidente eleito, os nomes que vão compor a equipe de transição serão anunciados na próxima segunda-feira (7), após reunião com Lula, que tirou alguns dias de descanso e está na Bahia. Esta equipe ficará instalada, até janeiro, quando ocorre a posse do presidente eleito, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.
General Ramos parabeniza
Além de Ciro Nogueira, Alckmin, Mercadante e Gleisi, participaram da reunião que marca o início da transição outros dois representantes do atual governo: o ministro da Secretaria-Geral da presidência, general Luiz Eduardo Ramos, e o secretário-executivo da Casa Civil de Bolsonaro, Jônathas Assunção Salvador Nery de Castro.
Segundo Alckmin, general Ramos o parabenizou pela vitória de sua chapa nas eleições e desejou sorte ao futuro governo, que será liderado por Lula.
“Desejou um ótimo trabalho e colocou à disposição neste período de transição, porque quem faz a transição é o ministro Ciro Nogueira, mas tem uma parte que ele participa”, declarou o vice-presidente eleito.
Bloqueios
Questionado sobre os atos golpistas de apoiadores de Bolsonaro, que não aceitam o resultado das urnas e vêm bloqueando rodovias pelo país, Alckmin chamou a atenção para os prejuízos causados a inúmeras áreas e pregou por união após o pleito.
“O direito de ir e vir é sagrado. É grave, você pode comprometer a saúde das pessoas, abastecimentos, hospitais, transplantes, vacinas, alimentação, combustível, prejuízos Quem vai pagar esses prejuízos? Quem vai ser responsabilizado por esses prejuízos, Uma coisa é manifestação, outra coisa é limitar o direito de ir e vir das pessoas”, disse.
“O presidente Lula deixou claro em seu discurso pós-eleição, nossa tarefa é unir o Brasil, trabalhar, ter uma agenda de propostas, melhorar a vida da população. Bola para frente, a transição já começou”, prosseguiu.
Fonte: Revista Forum